
O prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), publicou um pronunciamento após ser afastado do cargo. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele alegou que a medida ocorreu por motivações políticas e declarou que não pretende abandonar a cidade.
No pronunciamento, Manga disse que estava em Brasília quando recebeu a notícia e relatou ter sido alertado por parlamentares de que estaria “aparecendo demais”. Segundo ele, esse protagonismo o transformou em alvo.
“Acredite se quiser, me afastaram do cargo de prefeito. Eu aqui em Brasília, ontem eu fui em frente o Palácio da Justiça, falei que tem que colocar o Exército na rua, rodei o Congresso, os deputados me receberam super bem, falando: ‘Manga, cuidado, está aparecendo muito, estão tentando aí'”, disse Manga no vídeo.
Ele afirmou que recebeu um recado nos bastidores de que “os caras tentam tirar do jogo qualquer um que ameace a candidatura deles” e que ele estaria “ameaçando” políticos no Senado Federa e em outros cargos: “Não deu outra”.
“Mas eu quero dizer para vocês, que eu não vou desistir de Sorocaba, não vou desistir do Brasil. Isso que eles estão tentando fazer vai fazer o nosso nome soprar ainda mais, porque o Deus do impossível não falha”, completou.
Ver essa foto no Instagram
A Polícia Federal executou dois mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em Sorocaba. A ação investiga irregularidades em contratos da saúde da Prefeitura, além de possível envolvimento de servidores, empresários e organizações responsáveis pela gestão de unidades de atendimento.
A Justiça determinou ainda o bloqueio de aproximadamente R$ 6,5 milhões em bens dos investigados e impôs medidas cautelares como suspensão de função pública e restrição de contatos. Os alvos poderão responder por corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e contratação direta ilegal.
A investigação começou em 2022 e já havia atingido Manga em abril, quando a PF cumpriu buscas em sua casa e na sede da Prefeitura. Segundo a corporação, o novo avanço do inquérito deriva da análise de materiais apreendidos na primeira fase, que identificou outras pessoas físicas e jurídicas supostamente ligadas ao esquema.