VÍDEO – Putin culpa EUA por guerra: “Tentaram monopolizar Israel e Palestina”

Atualizado em 10 de outubro de 2023 às 14:23
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião em Moscou. Foto: Reprodução

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se manifestou sobre a escalada do conflito entre Israel e Hamas, caracterizando-o como “um exemplo do fracasso da política dos Estados Unidos na região do Oriente Médio”. Em entrevista ao canal oficial do Kremlin nesta terça-feira (10), ele ressaltou que os EUA “tentaram monopolizar [Israel e Palestina], mas, infelizmente, não estavam preocupados em encontrar compromissos aceitáveis para ambos os lados”.

“Pelo contrário, apresentavam suas próprias ideias sobre como isso deve ser feito, pressionando ambos, depois um, depois o outro, mas sempre sem levar em conta os interesses fundamentais do povo palestino”, completou, dizendo que “vemos uma acentuada deterioração da situação no Oriente Médio”.

Putin ainda falou de sua esperança de que o desastre seja menor. “Nossa posição é que os danos à população civil devem ser minimizados e reduzidos a zero. Apelamos que todas as partes em conflito para que assim o façam”, finalizou.

Além das declarações de Putin, o chanceler russo, Serguei Lavrov, levantou suspeitas sobre a posição do Ocidente em relação ao conflito no Oriente Médio. Ele observou que a Rússia espera que o Ocidente também peça o fim das hostilidades no conflito, mas destacou que a posição dos países ocidentais “levanta questões”.

“Ouvimos declarações relevantes dos nossos colegas ocidentais que condenam o ataque contra Israel. Esperamos que também apelem ao fim das hostilidades. Mas a sua posição levanta sérias questões, porque dizem que, para parar imediatamente, Israel deve vencer, destruir os terroristas, ponto final”.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia já havia apelado para um cessar-fogo após o ataque do grupo Hamas em 7 de outubro. O vice-ministro das Relações Exteriores do país, Mikhail Bogdanov, pediu a Israel e à Palestina que interrompessem as hostilidades e voltassem às negociações, considerando a escalada um retrocesso perigoso em um conflito de longa data.

Segundo a ONU, o conflito resultou em aproximadamente 900 mortes de israelenses e 788 mortes na Faixa de Gaza como resultado do ataque do Hamas e da contraofensiva israelense.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou um “cerco total” aos palestinos, com bloqueio de eletricidade, comida, água e gás, caracterizando o conflito como uma luta contra “animais humanos”, expressão que foi repetida pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

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