VÍDEO: Ramagem diz não lembrar por que imprimiu informações sobre rivais de Carluxo

Atualizado em 3 de fevereiro de 2024 às 8:15
Alexandre Ramagem e Carlos Bolsonaro. Foto: reprodução

O deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem declarou não recordar os motivos pelos quais imprimiu seis páginas contendo informações sobre investigações eleitorais sigilosas contra adversários políticos do vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Polícia Federal (PF) confirmou que a impressão da planilha ocorreu em 28 de fevereiro de 2020. Na época, Ramagem ocupava o cargo de diretor da Abin, tendo supostamente obtido acesso a informações confidenciais das investigações da Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro.

A planilha listava o número do inquérito, o nome do investigado, o cargo político e a filiação partidária, permitindo a verificação dos supostos crimes cometidos pelos políticos e os valores envolvidos em cada processo.

“Eu não sei que pastas são essas. Eu tinha uma impressora minha. Eles foram na minha impressora. Parece que tem 200 gigas de material impresso. Eu imprimi tudo o que eu recebo de informação. Essas informações culminaram em algum relatório de inteligência? Não sei”, disse Ramagem em entrevista ao Metrópoles.

O deputado argumenta que a maioria das informações de inteligência é descartada, e que faz parte do processo realizar diversas pesquisas. Para ele, a ilegalidade estaria em dar publicidade indevida. “A ilegalidade de um diretor geral da Abin é da malversação da informação sigilosa ou revelá-la para dar publicidade indevidamente”, afirmou.

O deputado disse se sentir perseguido e criticou a dificuldade de acessar os autos do processo. Ele também questionou o agendamento de seu interrogatório para o próximo dia 27 de fevereiro, sugerindo que os investigadores ainda estariam coletando provas nos materiais apreendidos antes de tomar seu depoimento.

“Qual o elemento que se mostra além dessa perseguição? A perseguição da pesca probatória, do ‘fishing expedition’… Não tinha elementos mínimos, como você trouxe aqui coisas antigas, coisas e ilações”, ressaltou Ramagem.

“Quando se verifica que eu sofri um mandado de busca e apenas um mês eu fui intimado para ser ouvido, um mês depois está configurado uma pesca probatória contra a minha pessoa e nitidamente a uma perseguição, há um induzimento a erro e possivelmente uma perseguição.”

Assista abaixo:

 

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