O presidente Lula afirmou que está com vontade de “brigar” para concretizar seus projetos durante o mandato. Durante discurso em Paris, na França, o petista disse que, apesar de ter 77 anos, ainda tem “vontade de fazer as coisas” como se tivesse 30.
“Eu vou entregar. Vou entregar. Em 2030, vou convidar vocês pra ir na Amazônia, para o desmatamento zero. E outra vez vamos acabar com a fome”, afirmou o mandatário na cúpula organizada pelo governo francês para discutir um novo pacto financeiro global.
Lula ainda prometeu “fazer a diferença” nos próximos anos e defendeu “criar novas moedas” para o comércio internacional. “Eu não sei porque que o Brasil e a Argentina têm que fazer comércio em dólar. Por que que a gente não pode fazer nas nossas moedas? Eu não sei porque Brasil e China não podem fazer nas nossas moedas. Por que eu tenho que comprar dólar? Então essa é uma discussão que está na minha pauta”, prosseguiu.
Ele prometeu pautar o tema em reuniões dos BRICS (organização de países emergentes formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do G7 (grupo de países mais industrializados do mundo, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). Lula também defendeu a inclusão de países africanos no G20 (grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo e da União Europeia).
“Esses fóruns não podem ser um grupo de luxo, da elite política. Nós temos que chamar os desiguais, os diferentes, para que a gente possa atender a pluralidade dos problemas que o mundo tem”, avalia.
Ele ainda defendeu a criação de “novos blocos para negociar com a União Europeia”. “Me desculpe, Banco Mundial, FMI [Fundo Monetário Internacional], precisamos rever o funcionamento. É preciso ter mais dinheiro, é preciso ter novas direções, mais gente participando da direção, porque não podem ser apenas os mesmos de 1945, 1946, 1947 e 1948”.
Lula finalizou o discurso reiterando que vai lutar pelas pautas: “Então, querido companheiro Macron, obrigado por essa reunião e se prepare que eu estou com mais vontade de brigar nesses próximos três anos que eu vou presidir o Brasil”.