VÍDEO: Secretário de Trump diz que é preciso “consertar” o Brasil para vender aos EUA

Atualizado em 28 de setembro de 2025 às 15:35
Howard Lutnick. Foto: Reprodução

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, declarou que o Brasil precisa ser “consertado” para agir de forma correta em relação aos americanos. A fala foi dada em entrevista à NewsNation, uma rede de notícias a cabo dos Estados Unidos, e divulgada neste sábado (27). Segundo ele, países como Brasil, Suíça e Índia estariam tomando medidas que prejudicam os interesses de Washington.

Lutnick reforçou que os três países precisam “entrar no jogo” definido por Donald Trump para manter acesso ao mercado norte-americano. “Temos um monte de países para consertar, como Suíça, Brasil e Índia. São países que precisam realmente reagir corretamente com a América. Abrir seus mercados, parar de tomar ações que prejudicam a América”, afirmou.

No caso brasileiro, as tensões comerciais têm se concentrado nas tarifas impostas pelos EUA. Assim como o Brasil, a Índia também enfrenta taxação de 50% em vários produtos, sendo metade dessa alíquota motivada pela compra de petróleo russo. Já a Suíça paga tarifas de até 39% e, a partir de 1º de outubro, produtos farmacêuticos e caminhões suíços também serão sobretaxados em até 100%.

Lula e Donald Trump durante discurso na ONU. Foto: reprodução

A fala de Lutnick ocorre dias após um breve encontro entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O gesto foi interpretado como sinal de distensão das relações, marcadas nos últimos meses por escalada tarifária.

Trump afirmou que teve “química excelente” com Lula e chegou a elogiar o presidente brasileiro. “Ele pareceu ser um homem muito legal, na verdade. Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com pessoas de quem gosto”, disse o republicano. Lula classificou o episódio como uma “boa surpresa” e confirmou o interesse em realizar uma reunião bilateral.

Ainda não há definição de local nem de data para um possível encontro entre os dois presidentes. Enquanto isso, o Brasil busca formas de administrar os impactos do tarifaço norte-americano sobre exportações de setores estratégicos, ao mesmo tempo em que mantém negociações com a Casa Branca para reduzir tensões.