VÍDEO: “Sergio Moro se acovardou”, diz advogado do PL sobre depoimento

Atualizado em 7 de dezembro de 2023 às 19:56
Ex-juiz juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Foto: Reprodução

Guilherme Ruiz Neto, advogado do Partido Liberal, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o senador Sergio Moro (União-PR) se “acovardou” durante depoimento ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) nesta quinta (7). O ex-juiz é acusado pelo PT e pelo PL de irregularidades com seus gastos de campanha.

Durante oitiva, o senador não respondeu as perguntas feitas por advogados de acusação e se limitou aos questionamentos do desembargador Luciano Carrasco Falavinha, relator do caso. O grupo jurídico do PT, que faz parte da federação Brasil da Esperança (que inclui ainda o PV e o PCdoB), elaborou uma lista de cerca de 200 perguntas, todas ignoradas por Moro.

“Podemos rotular a audiência como ‘Sergio Moro se acovardou’. Sergio Moro se acovardou porque não quis responder absolutamente nenhuma pergunta da acusação. Seja do partido PL, seja da federação. Sergio Moro se evadiu de todas as perguntas e só quis responder as perguntas do juiz”, afirmou em entrevista à GloboNews.

Gustavo Guedes, advogado do senador, afirmou que ele foi voluntariamente depor e não respondeu somente as perguntas “políticas” da acusação.

“Tentaram trazer para o tribunal gastos típicos de campanha. Gastos com segurança e com fretamento de voos foram pagos pelo partido como a lei exige, e não foram individualizados”, afirmou. Guedes ainda disse que os números foram “inflados” pelo PL.

Ruiz Neto, no entanto, negou a alegação da defesa de Moro e disse que o então candidato usou verba de outro partido na pré-campanha e gerou “desvantagem” aos seus adversários. “A questão é que os gastos pré-eleitorais foram tipicamente eleitorais e em benefício a Sergio Moro. Se criou uma desvantagem em relação aos outros candidatos ao Senado”, aponta.

O PT e o PL apontam que Moro se beneficiou da verba disponibilizada pelo Podemos, pelo qual foi pré-candidato à Presidência, durante sua campanha para o Senado Federal pelo União Brasil.

Segundo a acusação, Moro gastou mais de R$ 2 milhões durante sua pré-campanha à Presidência, o que teria dado a ele mais visibilidade em relação aos concorrentes pela vaga de senador. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite que candidatos ao Senado gastem R$ 4,4 milhões, mas os partidos afirmam que o ex-juiz investiu mais de R$ 6 milhões no total.

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