VÍDEO – “Terão que pagar pelo erro”, diz Lula sobre denunciados por golpismo

Atualizado em 19 de fevereiro de 2025 às 16:27
Lula comentou a denúncia da PGR contra bolsonaristas. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou comentar diretamente, nesta quarta-feira (19), a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 acusados de tramar um golpe de Estado entre 2021 e 2023. O petista afirmou que, se os denunciados forem julgados culpados, “terão que pagar pelo erro que cometeram”.

Durante cerimônia no Palácio do Planalto ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, Lula defendeu o direito à ampla defesa dos envolvidos, mas citou indiretamente uma das conclusões mais graves da Polícia Federal (PF): a de que o suposto plano golpista incluía a possibilidade de assassiná-lo, além do vice-presidente Geraldo Alckmin e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

“Eu não vou comentar um processo que está na Justiça. O que eu posso dizer é que nesse país, no tempo em que eu governo o Brasil, todas as pessoas têm direito à presunção de inocência. Se provarem que não tentaram dar golpe e que não tentaram matar o presidente, o vice e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ficarão livres e serão cidadãos que poderão transitar pelo Brasil inteiro”, afirmou Lula.

Ele acrescentou: “Se na hora que os juízes forem julgar, chegarem à conclusão que são culpados, eles terão que pagar pelo erro que cometeram. O processo vai para a Suprema Corte, e eles terão todo o direito de se defender. Não posso comentar mais nada do que isso”. Veja:

Na terça-feira (18), a PGR denunciou Bolsonaro e outros 33 suspeitos por supostamente arquitetarem uma tentativa de golpe de Estado entre 2021 e janeiro de 2023. O objetivo seria impedir a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022 e a posse de Lula.

A denúncia foi embasada em investigações da PF e em delações premiadas, como a do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, cujo depoimento foi tornado público nesta quarta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos.

Segundo as investigações, o plano golpista incluía a possibilidade de assassinar Lula, Alckmin e Moraes, além de prever a decretação de um estado de defesa e a prisão de autoridades que se opusessem ao golpe. A PF também apurou que o grupo contava com o apoio de militares e de CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores) para executar o plano.

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