
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Na tarde desta terça-feira (17), o terrorista Alan Diego dos Santos Rodrigues, de 32 anos, segundo suspeito de ter participado da tentativa de explosão próximo ao Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília (DF), entregou-se a Polícia Civil de Comodoro, no Mato Grosso.
O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, preso que confessou participação no plano terrorista, citou o nome de Alan em seu depoimento. Os dois presos são simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fugiu para Flórida, nos Estados Unidos.
Uma página de notícias da cidade, a Comodo.Conectado, trouxe à tona o caso e foi até a sede da Polícia Civil da cidade para tentar registrar mais sobre o acontecido. Os jornalistas chegaram na sede após o terrorista ter se entregado.
As filmagens registraram o terrorista sentado conversando com um delegado. A página da cidade também gravou uma entrevista com o delegado Ricardo Sarto, responsável por “recepcionar” o golpista que estava foragido.
O bolsonarista é natural de Comodoro, a mesma cidade em que foi preso, e atua como eletricista. Ele é funcionário da empresa “Bom Futuro”, que desenvolve o planejamento estratégico das atividades na capital do estado, Cuiabá. Em 2016, o apoiador do ex-capitão foi candidato a vereador na sua cidade pelo PSD (Partido Social Democrático), mas não se elegeu.
Segundo o depoimento de seu parceiro de crime, a ideia era explodir uma bomba no estacionamento do Aeroporto, mas o alvo virou um poste de energia que iria provocar falta de energia e dar “início ao caos que levaria a decretação do estado de sítio”.
O empresário afirmou que Alan preparou a bomba com o temporizador, que teria sido entregue por outro frequentador do acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília, e assim o artefato teria sido entregue a Alan. A bomba tem acionamento remoto e, segundo os investigadores, houve tentativa efetiva de explodi-la, mas o artefato falhou.
O terrorista que se entregou na tarde de hoje posou com diversos parlamentares bolsonaristas, como Hélio Negão, Daniel Silveira, Magno Malto e Zé Trovão. Além disso, ele participou de bloqueios golpistas e também passou o Natal em frente ao QG do Exército, em Brasília.
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