O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar a ativista sueca Greta Thunberg nesta segunda (6). O republicano chamou a jovem de “encrenqueira” e sugeriu que ela procure ajuda médica, afirmando que ela é “louca” e tem “problemas de controle de raiva”.
As declarações foram feitas após Greta ser deportada de Israel, onde participava de uma flotilha com destino à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária. “Ela não está mais interessada no meio ambiente. Ela está nisso agora. Ela é uma encrenqueira. Ela tem problemas de controle da raiva. Acho que ela precisa consultar um médico. Se você a observar, para uma pessoa jovem, ela está muito irritada. Ela é tão louca”, disse Trump.
Trump sobre Greta Thunberg:
"Ela tem um problema de controle de raiva. Acho que ela deveria consultar um médico. Se você a observar, para uma pessoa jovem, ela está muito irritada. Ela é tão louca." pic.twitter.com/daNKni9f9q
— Rafael Fontana (@RafaelFontana) October 6, 2025
A ativista respondeu na manhã desta terça (7), com ironia. “Ouvi dizer que Donald Trump mais uma vez expressou suas opiniões muito lisonjeiras sobre o meu caráter, e agradeço sua preocupação com a minha saúde mental”, afirmou Greta, em tom de provocação.
Ela também ironizou o histórico do presidente, sugerindo que ele sofre dos mesmos problemas que menciona. “Aceito gentilmente qualquer recomendação que ele possa me dar para lidar com meus problemas de raiva, já que, pelo histórico do presidente, ele parece sofrer dos mesmos problemas”, escreveu.
Greta chegou na segunda ao aeroporto de Atenas, na Grécia, após ser deportada de Israel junto com outros 135 ativistas da Flotilha Global Sumud, sequestrados quando seguiam rumo à Faixa de Gaza. O grupo buscava entregar alimentos, medicamentos e suprimentos a civis palestinos afetados pela guerra.
De acordo com a organização da flotilha, 41 embarcações participaram da missão humanitária, mas todas foram interceptadas pela Marinha israelense. “Marinette”, o último barco da frota, foi abordado a cerca de 68 quilômetros da costa de Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou a deportação de 171 ativistas, incluindo Greta Thunberg, para a Grécia e a Eslováquia. Entre os detidos estavam também 13 brasileiros, integrantes da iniciativa internacional que denunciava o bloqueio israelense à Faixa de Gaza.