O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mandou uma repórter ficar “quieta” e a chamou de “irritante” durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (19), realizada no Salão Oval da Casa Branca. A situação ocorreu quando Ebony Mcmorris, da American Urban Radio Networks, perguntou sobre os planos do governo para Memphis, cidade administrada pelo Partido Democrata.
No momento em que a jornalista iniciou sua questão, o republicano a interrompeu de forma ríspida. “Silêncio… você é muito irritante”, respondeu o presidente. O termo em inglês usado foi “obnoxious”, que também pode ser traduzido como “insuportável” ou “desagradável”.
Mesmo diante da interrupção, Mcmorris tentou continuar a pergunta. “Não sou irritante, mas estou tentando perguntar quais são os seus planos para Memphis”, afirmou. Trump voltou a insistir: “Você é muito irritante… Eu não vou falar com você até eu citar você”, disse, antes de passar a palavra para outro repórter presente.
Trump: Quiet! You are really obnoxious.
Reporter: I’m not obnoxious, I’m trying to ask you a question
Trump: You’re really obnoxious pic.twitter.com/Cfxq28fE9X
— Acyn (@Acyn) September 19, 2025
O episódio aumentou a lista de confrontos entre o chefe do governo norte-americano e a imprensa, prática recorrente desde seu primeiro mandato. O presidente já havia protagonizado embates semelhantes com outros jornalistas, em especial quando questionado sobre políticas públicas voltadas a estados e cidades governados pelo Partido Democrata.
Ainda hoje, Donald Trump assinou uma nova ordem que impõe cobrança de US$ 100 mil (cerca de R$ 532 mil) para emissão de vistos H-1B. Esse tipo de visto é destinado a estrangeiros altamente qualificados contratados temporariamente por empresas norte-americanas, sobretudo nas áreas de ciência e tecnologia.
A medida atinge diretamente profissionais indianos e chineses, que representam a maioria dos beneficiados por esse tipo de autorização. Grandes companhias de tecnologia, que dependem desses trabalhadores, podem enfrentar aumento de custos e dificuldades para manter programas de contratação internacional.