VÍDEO – Trump diz que quer dar um jeito na Venezuela: “Despejaram pessoas nos EUA”

Atualizado em 17 de novembro de 2025 às 18:59
O presidente dos EUA, Donald Trump. Foto: Evan Vucci

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (17) que não descarta enviar tropas norte-americanas para o território da Venezuela. A declaração ocorreu na Casa Branca, ao ser questionado sobre a possibilidade de uma ação militar após ele dizer, na última sexta-feira (14), que já tinha tomado uma decisão sobre o tema.

Trump respondeu que “nada está descartado” ao ser perguntado se excluiria a hipótese de invasão terrestre. Ele afirmou que os EUA “têm que dar um jeito na questão da Venezuela” e declarou que o país teria enviado “centenas de milhares de pessoas” para os Estados Unidos. O presidente disse ainda que “provavelmente” conversaria com Nicolás Maduro em algum momento.

Durante a campanha eleitoral de 2024, Trump repetiu diversas vezes, sem apresentar provas, que a Venezuela enviava criminosos como imigrantes ilegais para os Estados Unidos. Ele também considera Maduro líder do Cartel de los Soles, grupo apontado como organização de narcotráfico. Meses atrás, seu governo aprovou uma resolução para equiparar organizações traficantes a grupos terroristas.

Na mesma conversa com a imprensa, Trump foi questionado sobre a possibilidade de ordenar bombardeios ao México para interromper o tráfico de drogas para os EUA. O presidente respondeu: “Tudo bem por mim” e acrescentou que “destruiria com orgulho” fábricas de cocaína na Colômbia, embora tenha dito em seguida que não estava anunciando uma ação imediata.

A tensão regional aumentou nas últimas semanas com a chegada do porta-aviões USS Gerald R. Ford à América Latina. Segundo a Marinha dos EUA, o navio dará apoio a operações para “desmantelar organizações criminosas transnacionais”. A presença norte-americana no Caribe inclui navios de guerra, caças, helicópteros de operações especiais e aviões bombardeiros.

Nos últimos dois meses, os EUA realizaram ataques que destruíram mais de 20 embarcações no Caribe e no Pacífico, com mais de 70 mortos, segundo o comando militar. As operações começaram em setembro, após Washington elevar para US$ 50 milhões a recompensa por informações sobre Maduro. A revista “The Atlantic” informou que o líder venezuelano estaria disposto a negociar sua saída do poder em troca de anistia e garantias de segurança.