VÍDEO – Trump sugere saída de Maduro, que rebate: “Estaria melhor cuidando dos EUA”

Atualizado em 23 de dezembro de 2025 às 7:49
Donald Trump ao lado do secretário de Estado Marco Rubio, o secretário de Defesa Pete Hegseth e o secretário da Marinha John Phelan, em seu clube Mar-a-Lago, segunda-feira (22). Foto: Divulgação

Os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Nicolás Maduro, da Venezuela, trocaram declarações públicas nesta segunda-feira (22). Em evento na Casa Branca, Trump afirmou que a coisa “mais inteligente” que o líder venezuelano poderia fazer seria renunciar ao cargo.

Questionado se seu governo pretende tirar Maduro do poder, Trump declarou: “Isso depende dele, do que ele queira fazer. Acho que seria inteligente de sua parte fazer isso [renunciar]. Se ele quiser bancar o durão, será a última vez”. A fala ocorreu durante cerimônia em que o presidente anunciou uma nova classe de navios de guerra com seu nome.

Horas depois, Maduro respondeu durante uma feira de produtores na Venezuela. Em discurso, afirmou que Trump “estaria melhor” se concentrasse sua atuação nos Estados Unidos. “Penso que o presidente Trump poderia fazer melhor em seu país e no mundo. Ele estaria melhor no mundo se focasse nos problemas do seu próprio país”, disse.

Maduro também questionou a frequência com que a Venezuela é mencionada pelo presidente americano. “Não é possível que 70% dos seus discursos e declarações sejam [sobre] a Venezuela. E os Estados Unidos?”, afirmou diante do público.

As declarações ocorreram após a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, dizer em entrevista à Fox News que Maduro “tem que sair” do poder. Segundo ela, “não estamos apenas interceptando navios, mas também enviando uma mensagem ao mundo de que a atividade ilegal da qual Maduro participa não pode ser tolerada; ele tem que sair”.

Oficialmente, o governo Trump afirma que a ofensiva naval no Caribe tem como foco o combate ao narcotráfico. Em entrevista à revista “Vanity Fair”, a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, declarou que o verdadeiro objetivo do presidente seria retirar Maduro do poder. As operações dos EUA foram criticadas por Rússia e China, que classificaram as ações como violações do direito internacional.