VÍDEO – Valdemar admite que Bolsonaro só venceu em 2018 por causa da facada

Atualizado em 14 de outubro de 2025 às 12:13
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em entrevista ao podcast Política de Primeira. Foto: Reprodução

Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, voltou a viralizar nas redes nesta terça (14) após uma declaração. Ele admitiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro só venceu as eleições de 2018 por conta do atentado sofrido durante campanha em Juiz de Fora (MG).

“Ele não tinha como crescer. Aquela eleição era do [Fernando] Haddad. Aí aconteceu a facada. Ele ficou conhecido não só no Brasil, ele ficou conhecido no mundo”, disse Costa Neto. Ele disse que estava no Marrocos na época e via o episódio em todos os canais de TV.

A declaração foi dada em no podcast “Política de Primeira”, gravado no fim de setembro, e voltou a viralizar nas redes nesta terça. O dirigente do PL afirmou ainda que a facada “mudou o curso da história política recente” e deu a Bolsonaro “visibilidade internacional que ele nunca teria pelo voto normal”.

Valdemar também comentou o atrito com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a fala sobre ele tentar “matar o pai”. Questionado sobre a frase, ele culpou a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e disse que o episódio foi mal interpretado.

“Eu estava conversando com ela e falei: e se o Eduardo for candidato por outro partido? Falei: uai, aí ele vai matar o pai dele, né? Foi assim. Ela pegou e deu destaque para isso”, respondeu. Segundo o presidente do PL, a repercussão da fala foi desproporcional.

“Ela teve má-fé, e isso teve repercussão”, prosseguiu, alegando que se tratava apenas de “uma força de expressão”.

Em outro trecho, o presidente do PL defendeu uso da bandeira dos Estados Unidos por manifestantes bolsonaristas. “Muita gente criticou a bandeira dos Estados Unidos, eu não. Porque é nossa única chance. Quando o Poder Judiciário está contra você, é a pior situação que tem, porque você não tem onde recorrer”, afirmou.

Ao ser questionado se não era contraditório patriotas empunharem o símbolo de outro país, respondeu: “Mas nós somos patriotas, somos tão patriotas que queremos salvar o Bolsonaro. E nós só vemos esse caminho para salvar o Bolsonaro: o Trump”.

Ele ainda afirmou acreditar que Donald Trump ainda pode influenciar o futuro do Brasil. “Poderia até resolver o problema do Brasil, se quisesse. São donos do mundo”, disse.

Veja a entrevista completa:

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.