
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou a sessão da Primeira Turma nesta terça-feira (16) com a voz visivelmente rouca. Logo no início de sua fala, o magistrado fez um comentário para justificar a condição vocal antes de dar andamento aos trabalhos.
“Me perdoe pela voz, acidente de trabalho porque domingo fui ao jogo do Corinthians e Cruzeiro”, disse Moraes ao abrir a sessão. A declaração foi feita de forma breve, antes da leitura do voto no julgamento em pauta.
A partida mencionada pelo ministro ocorreu no fim de semana e terminou com a classificação do Corinthians para a final da Copa do Brasil 2025. O time venceu o Cruzeiro nos pênaltis e garantiu a vaga na decisão do torneio.
Mesmo com a rouquidão, Moraes manteve a condução normal da sessão e seguiu com a leitura do voto. A manifestação marcou o início da fase de votos no julgamento do núcleo 2 da trama golpista em análise pelo STF.
➡️ Moraes aparece rouco em sessão do STF e diz: "Acidente de trabalho"
O ministro iniciou o julgamento do núcleo 2 de trama golpista, nesta terça-feira (16/12), com a leitura do voto sobre os 6 reús do caso pic.twitter.com/yXILPvsQ9L
— Metrópoles (@Metropoles) December 16, 2025
Durante a exposição, o ministro apresentou os nomes dos seis réus envolvidos no processo e passou a detalhar os pontos da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A leitura ocorreu ao longo da manhã, com acompanhamento dos demais integrantes da Primeira Turma.
Na parte inicial do voto, Moraes afastou as preliminares apresentadas pelas defesas, que alegavam cerceamento de defesa. Com essa decisão, o julgamento avançou para a apreciação do mérito das acusações.
Os réus do núcleo 2 são acusados de atuar no gerenciamento das ações de uma organização criminosa que buscava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022. As defesas haviam pedido absolvição no primeiro dia de julgamento, realizado em 9 de dezembro.
Após o voto de Moraes, os demais ministros da Primeira Turma devem se manifestar na seguinte ordem: Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Em caso de condenação, a sessão prevê a fixação individual das penas.