VÍDEO – Zelensky aplaude de pé discurso de veterano nazista no Canadá

Atualizado em 25 de setembro de 2023 às 14:02
Zelenski e Trudeau após discurso na Câmara dos Comuns em Ottawa. Foto: Blair Gable – 22.set.2023/Reuters

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, causaram polêmica ao aplaudirem de pé Iaroslav Hunka, ex-integrante da 14ª Divisão de Granadeiros das Waffen-SS, as tropas de assalto nazistas. O episódio ocorreu durante a visita de Zelensky ao Parlamento do Canadá, onde ele saudou o veterano de guerra durante uma cerimônia.

Sediada na região da Galícia, na Ucrânia, a divisão nazista foi formada com o propósito de combater as forças soviéticas, o chamado Exército Vermelho. Seus membros vinham de uma mistura de simpatizantes do líder fascista Stepan Bandera e anticomunistas que viam os nazistas como aliados úteis na busca pela autonomia em relação a Moscou.

A saudação a Iaroslav Hunka como “um herói de guerra” gerou críticas imediatas de grupos judeus canadenses e outros, que condenaram a homenagem a um ex-membro de uma unidade associada a crimes de guerra e atrocidades nazistas.

O presidente da Câmara dos Comuns do Canadá, Anthony Rota, posteriormente, admitiu seu erro e divulgou um pedido de desculpas, alegando não estar ciente do passado de Hunka. Até o momento, o presidente da Ucrânia não se manifestou publicamente sobre o incidente, e o veterano permanece em silêncio.

Zelensky não aplaudiu Lula na ONU

Antes da reverência ao nazista, na última terça-feira (19), o ucraniano evitou aplaudir o discurso do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia-Geral da ONU, nos Estados Unidos.

Zelensky, que estava sentado próximo à comitiva brasileira que viajou com Lula para o evento, permaneceu imóvel durante todo o pronunciamento, que foi interrompido por palmas cinco vezes.

O presidente brasileiro afirmou que a guerra da Ucrânia “escancara” a incapacidade dos países que fazem parte das Nações Unidas de alcançar a paz. Ele disse ainda que nenhuma saída será encontrada se não for “baseada no diálogo”. Veja:

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