Emmanuel Macron, presidente da França, e Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, fizeram, cada qual, um pronunciamento na quinta, dia 12, sobre o avanço do coronavírus.
O primeiro discursou como estadista durante 25 minutos. O segundo como chefe de facção durante 2 intermináveis minutos.
Vamos ignorar o semblante carregado, a fala trôpega, a cara inchada, e focar no conteúdo.
“É a pior crise de saúde que o país enfrenta em um século”, afirmou Macron.
Anunciou o fechamento de escolas e universidades “até segunda ordem”. A medida passa a valer na segunda.
Pediu a todas as pessoas com mais de 70 anos, doentes crônicos ou com problemas respiratórios que fiquem em casa o máximo possível e que empresas facilitem o trabalho à distância.
As eleições municipais do fim de semana devem seguir em frente, após aconselhamento de especialistas em saúde pública.
Reconheceu que deve haver medidas de fechamento de fronteira em coordenação com a União Europeia.
“Mas precisaremos tomá-las quando forem pertinentes”, ressaltou.
“O vírus não tem passaporte. Temos de coordenar nossas forças e cooperar. Viva a República, viva a França”.
Abaixo, o abismo entre dois mundos.