Villa representa tudo o que um historiador ou um jornalista não devem jamais ser. Por Carlos Fernandes

Atualizado em 13 de setembro de 2016 às 9:43
Antijornalista
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O piti de Marco Antônio Villa na sabatina realizada pela Jovem Pan ao prefeito e candidato Fernando Haddad mostrou, de uma só vez, a incompetência do sujeito enquanto “historiador” e o seu completo desprezo pelas regras mais elementares do jornalismo.

De ante mão, não é segredo pra ninguém que Villa nutre uma verdadeira obsessão psicótica por tudo que diz respeito ao atual prefeito de São Paulo. Ao que parece, a sua razão de viver resume-se basicamente em desqualificar todo e qualquer ato de Haddad, seja na esfera política, seja na esfera pessoal.

Se os argumentos que ele utiliza para tal fim encontram sustentação na realidade ou simplesmente não passam de pura sandice, isso já são outros quinhentos.

Aliás, foi justamente tentando se vingar do trote aplicado por Haddad no episódio da agenda oficial no qual o “historiador” caiu miseravelmente, que Villa demonstrou o seu total desprezo pelos ouvintes e sobretudo, pela própria democracia.

Haddad estava ali para expor a sua plataforma política. Uma sabatina, tanto quanto os debates, são oportunidades singulares para o cidadão comum conhecer e avaliar os candidatos a determinado cargo.

Villa simplesmente desconheceu o motivo de ser de tudo aquilo. Para ele, pouco importava o debate político. Utilizou-se de um espaço que deveria ser uma expressão da democracia unicamente para destilar o seu ódio de uma forma tão medíocre que até os seus pares o recriminaram reiteradas vezes.

Quanto ao real interesse dos eleitores que o ouviam? Que se lixem.

Villa não perdoa Haddad por ter demonstrado de uma forma tão simples o quanto é fácil desmascarar suas acusações. Mais do que isso, Haddad, ao simplesmente trocar a sua agenda diária por a de um outro político qualquer, mostrou que o rigor na apuração da verdade – algo tão caro tanto ao historiador quanto ao jornalista – é uma qualidade completamente ausente ao que Villa faz e é.

Nos intermináveis minutos que o cidadão se revirava atacando debilmente o candidato, a única resposta possível foi dada: a de que Villa irá responder, judicialmente, todas as ofensas efetuadas.

Não que seja a primeira vez que o sujeito está sendo processado pelo crime de calúnia e difamação. O ex-presidente Lula anteriormente já havia demonstrado ao ilustre exemplo de intolerância que vigora na grande mídia nacional que, num mundo civilizado, a via judicial é o caminho a ser trilhado para que esse tipo de abuso seja inibido e penalizado.

Talvez por isso mesmo – pelas gritantes e recorrentes oportunidades que Villa submete os seus patrões a penalidades financeiras e morais decorrentes da justa reparação dos danos que causa aos outros – que a Veja o tenha demitido.

Um ignóbil crítico do PT ser rejeitado até pela Veja já fala por si próprio. Villa realmente representa tudo o que um historiador ou um jornalista não devem, jamais, ser.