“Viola a soberania”: Gilmar Mendes condena sanções dos EUA e se solidariza com Moraes

Atualizado em 22 de setembro de 2025 às 19:02
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou solidariedade ao colega Alexandre de Moraes e à sua família após a imposição de sanções pelo governo dos Estados Unidos. Em postagem nas redes sociais, ele classificou a medida como arbitrária, atentatória à soberania brasileira e à independência do Judiciário.

Segundo Gilmar Mendes, o país viveu grave ameaça institucional com a tentativa de golpe de Estado em 2023, quando prédios públicos foram depredados, houve pedidos de intervenção militar e até planos de assassinato contra autoridades. Ele destacou que Alexandre de Moraes atuou com firmeza nesse contexto para assegurar a preservação da democracia.

“Punir um magistrado e seus familiares por cumprir seu dever constitucional é um ataque direto às instituições republicanas”, afirmou Gilmar Mendes. O ministro reiterou confiança na atuação de Moraes e ressaltou que o Supremo Tribunal Federal seguirá firme em defesa da Constituição.

Na publicação, Gilmar Mendes também criticou a tentativa de interferência externa em questões internas do Brasil. Para ele, medidas como a anunciada por Washington afrontam princípios de soberania e configuram ingerência em assuntos que cabem exclusivamente às instituições brasileiras.

O ministro declarou ainda convicção de que o STF permanecerá fiel ao compromisso de zelar pela legalidade democrática e pela proteção das instituições republicanas. “Reitero meu total apoio ao colega e amigo, convicto de que o Supremo Tribunal Federal seguirá forte e fiel ao seu compromisso com a Constituição”, concluiu.

As sanções contra Moraes e sua família foram justificadas pelo governo norte-americano com base na Lei Magnitsky, legislação que prevê punições por supostas violações de direitos humanos. A decisão gerou reações críticas no Brasil, tanto de autoridades políticas quanto de representantes do Judiciário.