Violência: confronto entre clãs mafiosos desafia segurança para a cúpula do G7 na Itália

Atualizado em 13 de junho de 2024 às 7:27
Patrulhas policiais fora das instalações do centro de imprensa, antes da cúpula do G7 de líderes mundiais na cidade de Bari, Itália, 12 de junho de 2024. Foto: REUTERS/Louisa Gouliamaki

Às vésperas da reunião do G7 na Puglia, no sul da Itália, as autoridades locais antimáfia intensificaram suas ações contra três grupos mafiosos ativos na região, levando o governo a reforçar a segurança para o evento, conforme informações do Globo.

Esses grupos são ramificações da Sacra Corona, uma organização criminosa que inclui a Cosa Nostra (Sicília), a Camorra (Nápoles) e a ‘Ndrangheta (Calábria). Diferente de outras máfias italianas mais conhecidas por suas operações internacionais, essas organizações atuam principalmente na Itália e nos Bálcãs.

Estabelecidos nas cidades costeiras de Bari e Brindisi, onde os líderes do G7 se reunirão, esses clãs têm aumentado a violência na região com ataques diurnos, segundo a Digos, principal unidade antiterrorismo e antimáfia da Itália. Nos últimos meses, houve relatos de roubo de carros, invasões, mutilações e assassinatos motivados por vingança entre os clãs, além de ameaças de bomba em estações de trem.

Um relatório do Ministério do Interior da Itália, divulgado em janeiro de 2024, destacou o aumento dos conflitos não só entre clãs rivais, mas também dentro dos próprios grupos. O relatório sugeriu a utilização das Forças Armadas para restaurar a ordem, especialmente com a proximidade da reunião do G7.

Patrulhas policiais perto do Castelo de Brindisi, local que sediará o jantar de boas-vindas da Cúpula do G7, em 12 de junho de 2024
Patrulhas policiais perto do Castelo de Brindisi, local que sediará o jantar de boas-vindas da Cúpula do G7, em 12 de junho de 2024 — Foto: Piero CRUCIATTI / AFP

De acordo com a CNN, as investigações também estão focadas na possível infiltração mafiosa em projetos de infraestrutura relacionados ao evento, incluindo a construção de estradas, helipontos e o centro de imprensa.

Para garantir a segurança da cúpula do G7, as autoridades italianas implementaram uma “zona vermelha” de 10 quilômetros ao redor de Borgo Egnazia, o resort de luxo onde os líderes se reunirão, além de uma “zona amarela” de mais 30 quilômetros, que será rigidamente patrulhada.

Mais de 5 mil soldados foram enviados à região, navios de cruzeiro estão posicionados no litoral para proteger as delegações, e um porta-aviões dos EUA deve chegar em breve. A política de fronteiras abertas do espaço Schengen foi suspensa de 5 a 18 de junho para intensificar o controle de passaportes.

Vale destacar que a Cúpula do G7 começa nesta quinta-feira (13), reunindo líderes dos países-membros e convidados especiais. Entre os presentes, está o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que participará como convidado.

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