Vira-casaca, Milei é vaiado durante eleições no Boca Juniors

Atualizado em 17 de dezembro de 2023 às 15:48
Javier Milei, presidente da Argentina. Foto: Luis Robayo/AFP

Associado do Boca Juniors, o atual presidente da Argentina, Javier Milei, foi alvo de insultos proferidos por torcedores ao chegar para votar nas eleições presidenciais do clube, que ocorrem neste domingo (17) em Buenos Aires.

“Ladrão!” foi um dos xingamentos dirigidos a Milei por pessoas presentes na Bombonera, acompanhados de críticas às nomeações para os ministérios. Um torcedor do Boca gritou: “Você colocou toda a casta!”.

Mauricio Macri, candidato à presidência do Boca Juniors e ex-presidente da Argentina e apoiador de Milei nas eleições, lamentou o episódio nas redes sociais.

“Que vergonha ver imagens de senhores que se dizem torcedores do Boca, quando na realidade são tremendamente mal-educados e não espontâneos, insultando o presidente da República em vez de celebrar que ele vá votar pelo futuro do nosso querido clube. O que vimos, lamentavelmente, é o que vem acontecendo com o Boca há quatro anos. Espero pelo futuro do nosso clube que isso termine hoje e mude de uma vez”, postou Macri em sua conta no X.

Macri foi presidente do Boca no final da década de 1990 e início dos anos 2000, e busca retornar ao comando do clube. Na eleição, ele enfrenta um antigo desafeto, o ídolo da equipe Juan Román Riquelme.

Chegada do presidente causou tumulto. Foto: Reprodução

Milei, torcedor do Boca Juniors desde a infância, admitiu ter trocado o clube do coração pelo maior rival, o River Plate, em uma declaração que gerou ira entre os torcedores da equipe auriazul.

Em uma entrevista ao jornal espanhol El País, o presidente argentino relatou o gradual afastamento do Boca, para o qual sempre torceu. Segundo ele, não concordou com o retorno de Riquelme ao clube em 2013, por exemplo. Cinco anos depois, durante a final da Libertadores em que o Boca perdeu para o River Plate, Milei torceu contra o próprio time.

“Eu estava assistindo ao jogo e quando Gago entrou, claramente um ato de populismo, torci para o River. Não quero torcer para um time que toma decisões populistas. Já basta viver em um país populista. Para mim, foi um péssimo jogador, uma das maiores mentiras do futebol argentino. Assim, me tornei anti-Boca”, relatou ao jornal.

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