Segue o cortejo de mortes causadas pelo “tratamento precoce” preconizado por Bolsonaro e acólitos — que serão julgados não pela história, mas pela justiça, algo que começa na CPI do genocídio.
Faleceu na sexta-feira, aos 69 anos, o empresário Luiz Antônio Leprevost, de Curitiba.
Advogado, ex-diretor do Banestado, da Telepar e da Copel, era vice-presidente da Associação Comercial do Paraná.
Filho de prefeito na era JK, ele estava internado na UTI do hospital Nossa Senhora das Graças. Segundo a família, deu o último suspiro ao lado do filho poeta Luiz Felipe.
Ele tratava uma hepatite medicamentosa contraída após o uso de remédios sem eficácia para a covid-19.
Penou 69 dias na maca e recebeu alta, mas precisou voltar ao hospital devido não ao coronavírus, mas à degeneração do organismo causada pelo “kit covid”.
Há poucas semanas, um outro filho, Ney Leprevost, secretário de Justiça, Família e Trabalho, fez um desabafo.
“Sei bem o que esses medicamentos podem fazer com uma pessoa. Meu pai, lamentavelmente, errou ao tomá-los e está há cinco meses lutando contra as sequelas da covid-19. Está no hospital fazendo diálise porque esses remédios causaram a ele hepatite medicamentosa”, disse.
De acordo com Ney, não apenas o fígado, mas “os rins também foram afetados”.
“Depois do que aconteceu com meu pai, não tomo cloroquina nem que o Bolsonaro invada minha casa e aponte o revólver para minha cabeça”.
A capital paranaense tem um tal Programa de Voluntariado Paranaense, Provopar, que promove médicos adeptos de cloroquina, ivermectina e outras picaretagens.
Chamam de “tratamento imediato”. Precisam ir para a cadeia.