Jovem é vítima de racismo em escola; alunos falam em “saudade” da escravidão

Atualizado em 19 de dezembro de 2021 às 11:41
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Mensagem em grupo de WhatsApp de alunos de colégio de BH
Imagem: Reprodução

Nas mensagens dentro de um grupo de WhatsApp de alunos do Colégio Cristão Ver, na região noroeste de Belo Horizonte, um garoto de 14 anos foi alvo de ataques racistas pelos próprios colegas de classe, diz reportagem de Bruno Torquato no UOL.

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Racismo no WhatsApp

As mensagens dos alunos chegaram a citar conteúdos como “saudades de quando preto era escravo”.

Caso aconteceu nessa semana, e o pai da criança informou que procurou a Delegacia da Criança e do Adolescente.

Pai foi orientado a comparecer em outra unidade da Polícia Civil, junto com seu filho, na segunda (20) para registrar o Boletim de Ocorrência.

Ele conta que o grupo foi criado pelos próprios alunos da escola para estudarem conteúdo de uma prova que seria aplicada.

Logo depois de criado, Alexandre conta que seu filho começou a ser excluído e isolado das conversas.

Garoto então decidiu sair do grupo e, logo em seguida, começaram os ataques racistas. “Que bom que o ‘neguin’ não tá, já não aguentava mais preto naquele grupo” [sic], disse um dos alunos; outro disse “nem sabia que preto estudava”.

O nome do grupo no WhatsApp chegou a ser alterado para “Pilantrinhas (sem neguin)”.

Em determinado momento da troca de mensagens, um aluno em questão disse que “nem sabia que preto podia ter celular” e “sdds [saudades] de quando preto só era escravo”, sendo respondido com “e sempre trabalhava”.

Garoto, vítima de ataques racistas, recebeu os prints de um colega que viu as mensagens e o alertou.

Logo em seguida o menino contou para seu pai.

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