Desde de junho de 2021, quatro meses após a morte do marido Adriano Nóbrega, Julia Emília Mello tem recebido segurança da Policia Civil. Atualmente ela está sob a proteção de seis agentes da tropa de elite da Policia Cívil.
Três equipes de policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) se revezam em carros e montam guarda na garagem do prédio de Júlia. Ela é réu em processo por lavagem de dinheiro e organização criminosa, que teria Nóbrega como chefe.
A segurança foi uma decisão da Secretaria Estadual de Polícia Civil, devido ao risco, à época, de algum atentado por conta de decidir colaborar com as investigações de homicídios praticados por um grupo de matadores de aluguel integrado por Adriano. Ela se comprometeu a testemunhar sobre os crimes de que teve conhecimento quando estava com Adriano.
No entanto, as negociações da delação premiada entre Júlia e a promotoria do caso provocou uma crise interna no Ministério Público, o que levou a saída das promotoras do caso, que alegaram “interferências externas”. O caso seguiu para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, coordenado pelo promotor Bruno Gangoni. Porém, ao perceber que os dados fornecidos na colaboração da viúva do miliciano eram inconsistentes, sem provas e, em alguns casos, não eram sequer novidade para os promotores, a delação foi rejeitada.
Ela está sob pena de prisão em domicílio e em uso de tornozeleira eletrônica.
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