“Viva o SUS”: ministro de Lula debocha após SAMU socorrer Bolsonaro

Atualizado em 11 de abril de 2025 às 15:14
O ex-presidente Jair Bolsonaro sendo levado ao hospital após passar mal. Foto: reprodução

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser atendido pelo sistema no Rio Grande do Norte nesta sexta-feira (11). O episódio reacendeu o debate sobre os investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e no SAMU, criado durante o primeiro governo Lula (PT), em 2004.

“Todo mundo sabe: na hora da emergência, chama o SAMU 192”, escreveu Padilha no X (antigo Twitter), referindo-se ao número de emergência do serviço. “Atendimento de urgência para salvar vidas de norte a sul. Criado pelo presidente Lula, para todos os brasileiros, cada vez maior e mais rápido! Viva o SUS”, completou.

Nas redes sociais, o público ainda lembrou a entrega recente de 789 novas ambulâncias para o SAMU, distribuídas em 559 municípios de 21 estados, incluindo o Rio Grande do Norte, onde Bolsonaro foi atendido após passar mal.

A comparação com os investimentos durante o governo anterior ganhou destaque um usuário questionar o Grok, ferramenta de inteligência artificial do X, de Elon Musk, sobre o número de ambulâncias entregues nos dois governos.

“Durante a presidência de Jair Bolsonaro de 2019 a 2025, o governo entregou 366 ambulâncias do SAMU. Em contraste, sob a administração de Luiz Inácio Lula da Silva de 2023 a março de 2025, mais de 2.200 ambulâncias foram entregues, com uma conta oficial de 2.222 até 27 de março de 2025”, respondeu a IA.

O SAMU foi um dos temas mais comentados no X entre usuários brasileiros, com mais de 9 mil menções após o atendimento a Bolsonaro. Muitos perfis destacaram os investimentos recentes no serviço, incluindo a entrega de 12 ambulâncias no Rio Grande do Norte pela governadora Fátima Bezerra (PT) em novembro passado.

Durante o governo Bolsonaro, o SUS enfrentou cortes significativos, com redução de R$ 22,7 bilhões no orçamento de 2023, mesmo com o país ainda se recuperando da pandemia de Covid-19. O SAMU, em particular, sofreu uma defasagem de quase 60% em 2022, com repasses totais de R$ 1,22 bilhão — um aumento de apenas 1,5% em relação ao ano anterior.

Atualmente, o SAMU atende mais de 179 milhões de pessoas em todo o país, com uma frota de mais de 3,6 mil ambulâncias, além de motolâncias, ambulanchas e socorro aeromédico.

O serviço é financiado pela União, estados e municípios, com o governo federal responsável por 50% dos investimentos.

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