A vitória do Partido dos Trabalhadores (PT) em Fortaleza, única conquista da sigla entre as capitais brasileiras nas últimas eleições, consolidou a reconhecimento de Camilo Santana, atual ministro da Educação e ex-governador do Ceará. A vitória fortaleceu o ministro, que começa a ser cotado nos bastidores como possível sucessor de Lula para a disputa presidencial de 2026, caso o atual presidente opte por não concorrer.
Camilo tem se destacado no governo petista pela sua atuação à frente do Ministério da Educação, com foco na expansão de programas educacionais, especialmente voltados para jovens em situação de vulnerabilidade. Entre suas principais iniciativas está a ampliação do programa “Pé-de-meia”, uma bolsa mensal destinada a estudantes do ensino médio de escolas públicas e para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
Inicialmente vinculado aos beneficiários do Bolsa Família, o programa foi expandido para atender a mais 1,2 milhão de estudantes, representando um custo adicional de R$ 3 bilhões ao orçamento.
Em uma declaração recente ao lado de Camilo, Lula reafirmou seu compromisso com a educação, destacando: “Enquanto eu puder colocar dinheiro na educação, é proibido qualquer ministro meu utilizar a palavra ‘gasto’. Educação é investimento”.
O desempenho de Camilo à frente do Ministério da Educação e seu carisma junto ao público têm chamado a atenção no cenário político, o que lhe confere uma vantagem em comparação a Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda e também cotado como possível sucessor de Lula.
Nos bastidores, o presidente teria confidenciado que o ex-prefeito de São Paulo enfrenta dificuldades para se conectar com as bases populares, ao afirmar que o ministro “não tem pele de povo”. Em contraste, Camilo é visto como um líder que “transpira povo” e possui uma desenvoltura nos palanques que se assemelha à de Lula, facilitando sua conexão com as classes populares.
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