“Voltei assim que soube da operação”, diz Carlos Bolsonaro após fuga durante operação da PF

Atualizado em 31 de janeiro de 2024 às 18:49
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro/Divulgação

Alvo de operação da Polícia Federal na última segunda (29), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) se manifestou sobre a fuga de lancha com o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e os irmãos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Eles deixaram o imóvel em que estavam em Angra dos Reis (RJ) às 6h30 e voltaram por volta das 11h, e o 02 diz que “voltou do passeio assim que soube da operação”. A informação é da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

“Assim que eu soube da operação de busca da PF, tomei o caminho de volta para casa. Foi uma hora de barco até chegar em terra”, afirmou o vereador. Ele também falou sobre Flávio, que fugiu com a família e não retornou ao imóvel: “Como só eu era o alvo, eu retornei. E o meu pai foi junto”.

Jair, Carlos e Eduardo voltaram ao imóvel, mas Flávio só reapareceu após a saída da Polícia Federal deixar o local. Eles saíram em um barco e dois jet skis, mas uma das embarcações não voltou ao local. Para investigadores, há a suspeita de que o senador possa ter usado o jet ski para transportar ou ocultar possíveis provas.

Carlos Bolsonaro e o pai, Jair Bolsonaro, acompanhados de agentes da PF em Angra dos Reis (RJ). Foto: Reprodução/GloboNews

Flávio alegou que tinha que devolver o jet ski ao dono e que tinha um almoço marcado na ocasião. “Depois do almoço eu voltei para a Vila Histórica de Mambucaba. É simples assim”, justificou o senador.

Após voltar à casa em Angra, Carlos teve o celular apreendido. Agentes da Polícia Federal ainda apreenderam três notebooks, outros três telefones e 11 computadores durante a operação. Foram realizadas diligências também em sua casa na Barra da Tijuca (RJ), em seu gabinete na Câmara Municipal e seu comitê na cidade do Rio.

A investigação da PF apura se Carlos recebia informações do esquema ilegal de espionagem da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que usou o software de monitoramento FirstMile durante a gestão de Alexandre Ramagem no governo Bolsonaro para monitorar políticos e outras autoridades.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link