A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que há um espaço para seu crescimento nas pesquisas motivado pelo chamado voto útil na semana que vem. A conclusão veio após a divulgação do novo levantamento do Datafolha, nesta quinta-feira (22).
Por sua vez, aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda mantêm aquele discurso de não acreditar no resultado das pesquisas. Além disso apontam que a estratégia para essa reta final deve ser marcada por ataques a Lula, na tentativa de inflamar o antipetismo e evitar a migração para o ex-presidente de votos hoje declarados para Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Com informações da Folha.
A pesquisa aponta que Lula oscilou dois pontos para cima, atingindo 47% das intenções de voto. Já Bolsonaro se manteve em 33%. Diante disso, cresceu a possibilidade de o petista vencer no primeiro turno. Bem distante dos dois principais candidatos, aparecem empatados Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 8% para 7%, e Simone Tebet (MDB), que segue com 5%.
Lula vem de uma semana repleta de apoio. Diversos artistas fizeram campanha defendendo o voto nele já no primeiro turno, com o objetivo de derrotar Bolsonaro. Ele ainda angariou o apoio de figuras importantes de fora da órbita petista, entre elas o ex-ministro Henrique Meirelles, e viu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pedir votos a seu favor.
Já a principal aposta de integrantes da campanha do ex-capitão neste momento é investir no voto de indecisos e ampliar os ataques ao petista. O QG bolsonarista acredita que apostar no sentimento antipetista, com acusações de corrupção contra Lula, pode evitar a migração de votos de Ciro e Tebet para o ex-presidente.
Além disso, assessores de Bolsonaro prosseguem com o discurso de atacar os institutos de pesquisa, numa estratégia apelidada de “Datapovo”. Fotos de bolsonaristas espalhados pelas suas estão sendo usadas para contrariar as pesquisas.