Wajngarten volta a mentir na CPI e diz que cloroquina “não existia” para o governo Bolsonaro em março de 2020

Atualizado em 12 de maio de 2021 às 20:41
Fabio Wajngarten na CPI da Covid. Foto: Reprodução

Em depoimento à CPI da Covid, Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretária de Comunicação do governo Bolsonaro, deu uma série de declarações confusas e contraditórias.

Questionado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) se tomou hidroxicloroquina quando testou positivo para covid-19, ele afirmou:

“Eu não tomei cloroquina quando fiquei doente porque não existia cloroquina em março [de 2020]”, querendo dizer que o governo ainda não indicava o remédio na época.

No entanto, pelo menos duas publicações nas redes sociais da Secom desmentem a fala de Wajngarten.

Em 21 de março, uma semana após ele contrair a doença, o órgão publicou um vídeo com instruções para o “tratamento” do coronavírus, que incluía a recomendação do medicamento sem eficácia comprovada contra a covid.

Trecho de vídeo publicado pela Secom

Pouco depois, no dia 28, outro vídeo enfatizava a distribuição do antibiótico, informando que o governo já havia dsitribuído 3,4 milhões de unidades de cloroquina e hidroxicloroquina.

Vídeo enfatizando a distribuição de cloroquina no país, também publicado nas redes da Secom

É mais uma mentira de Fabio Wajngarten que, segundo o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, foi “treinado para defender o presidente Bolsonaro e reduzir os desgastes provocados pela entrevista que deu à Veja”.

O treinamento, aparentemente, não teve sucesso.

Acompanhe o depoimento ao vivo: