
Fontes diplomáticas americanas consideram altamente provável um ataque militar dos Estados Unidos à Venezuela. A movimentação do porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior e mais moderno da Marinha americana, foi apontada como um indicativo de operação militar iminente.Com informações do jornal O Globo.
Segundo as fontes, o custo da mobilização, que envolve milhões de dólares, só seria justificado por uma ação de impacto, possivelmente ordenada pelo presidente Donald Trump.
O grupo de ataque do USS Gerald R. Ford já cruzou o Estreito de Gibraltar e deve chegar ao Caribe nos próximos dias, conforme dados de rastreamento naval e informações do Departamento de Defesa americano. A presença militar dos EUA na região é inédita e eleva a tensão no entorno da Venezuela. Sites especializados em Defesa citaram possíveis atrasos na operação, mas o governo americano não confirmou nenhuma alteração oficial.
Uma das fontes consultadas afirmou que Trump não está focado em promover uma mudança de regime, ao contrário do secretário de Estado Marco Rubio. O objetivo seria uma ação direta e simbólica contra o narcotráfico, reforçando a imagem de combate às drogas perante os eleitores. A prioridade seria um ataque de curta duração, que não envolvesse ocupação prolongada do território venezuelano.
Especialistas ouvidos acreditam que um ataque dessa natureza poderia levar aliados de Nicolás Maduro — incluindo militares e parceiros de Cuba, Rússia e Irã — a provocar uma mudança interna de poder, ainda que o regime permaneça no controle.

Caso a ofensiva não derrube Maduro, as fontes preveem um cenário de maior repressão, violência e fortalecimento de grupos armados como o Exército de Libertação Nacional (ELN), com reflexos diretos na Colômbia governada por Gustavo Petro.
O governo Trump sustenta que países como México, Venezuela e Colômbia são responsáveis pela produção e distribuição de drogas que chegam ao mercado americano, especialmente o fentanil. De acordo com as fontes, qualquer operação militar teria como foco demonstrar que o presidente “está combatendo as bases de onde sai a droga que mata cidadãos americanos”.
A ação seria semelhante ao ataque lançado contra o Irã em junho deste ano, quando os Estados Unidos atingiram instalações nucleares em Fordow, Natanz e Isfahan. Entre os possíveis alvos na Venezuela estariam laboratórios e aviões ligados ao narcotráfico.
Em Washington, diplomatas avaliam que a liderança regional do Brasil se enfraqueceu e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguiu reposicionar o país no debate latino-americano sobre a crise venezuelana.
“Diferentemente do secretário de Estado, Marco Rubio, o presidente americano não prioriza uma mudança de regime. O que Trump quer é um ataque certeiro, que dê uma imagem vitoriosa ao mundo em matéria de combate ao narcotráfico, porque essa foi a promessa que ele fez aos americanos. Se haverá ou não mudança de regime não é sua principal preocupação”, disse a fonte.