Lula na Europa

O ex-presidente viajou para a Europa com o objetivo de mostrar o potencial que o Brasil tem sem o governo Bolsonaro. Ele se encontrou com importantes lideranças e conversou sobre diversos temas, como meio ambiente, economia e democracia.

“Estou muito satisfeito com nossas boas discussões e espero continuar nosso diálogo!”, disse o líder alemão.

Um dos primeiros encontros oficial dele foi com Olaf Scholz, futuro chanceler da Alemanha, sucessor de Angela Markel.

“Falamos sobre o processo que está em curso para a formação de um novo governo e sobre a importância de fortalecer a cooperação Brasil Alemanha”, afirmou.

O ex-presidente comentou que o encontro se deu para discutir a relação entre os países.

Antes do encontro com Scholz, Lula se reuniu com Martin Schulz liderança social-democrata da Alemanha. Os dois possuem uma longa amizade, que foi construída quando o petista era presidente do país. O ex-governante brasileiro foi elogiado e visto como “esperança” contra Jair Bolsonaro.

“Lula é a esperança do Brasil para o fim da política de divisão e agitação de Jair Bolsonaro”, afirmou o alemão. “Foi uma honra conhecê-lo em Berlim”, completa. Há uma grande torcida por lideranças da Europa que o ex-presidente volte ao poder e derrote o fascismo.

Bolsonaro participou do G20 e ficou completamente isolado. Uma das imagens que mais marcou foi a que o atual presidente é flagrado conversando com um garçom, porque acabou sendo ignorado por grandes lideranças políticas. Inclusive, pisou no pé de Angela Markel e escutou: “Tinha que ser você”.

Já Lula tem uma postura completamente diferente. Respeitado em todo lugar que passa, se encontrou em dois dias com mais políticos e lideranças do que o atual presidente da República. Ele recebeu muitas homenagens e o carinho de ativistas.

O ex-presidente esteve ao lado de Josep Borrell, vice-presidente da Comissão Europeia e Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores. A recepção foi de muito respeito e bastante diálogo, falando sobre o futuro do Brasil e de países da Europa.

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“Conversamos muito sobre a conjuntura brasileira e latino-americana”, relatou Lula. “Ele nos relatou preocupação com a urgência climática e com a viabilização do acordo Brasil União Europeia. E defendeu uma multipolaridade política, tecnológica e comercial. Combinamos de seguir em diálogo e trocando impressões”, completou.

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Lula também se reuniu com Joseph Stiglitz, Nobel de Economia. Com todos esses encontros, além de um discurso enérgico no parlamento Europeu, em Bruxelas, o ex-presidente foi elogiado pela imprensa internacional. Também foi aplaudido em pé após sua fala.

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Um dos momentos mais emocionantes foi quando o petista desceu do seu carro em Paris e foi parado por uma imigrante. Emocionada, ela o abraçou e destacou o quanto ele foi importante na vida dela. “Estudei no Brasil graças a você”, falou ela.

Lula também almoçou com Anne Hidalgo, prefeita de Paris. “É uma figura importante para a política mundial”, disse ela, que o tratou como um amigo. O ex-presidente ganhou, em março, o título de cidadão da capital francesa. Anne ressaltou ainda a capacidade de Lula de lidar com aspectos relacionados à diversidade.

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Em discurso histórico na Science Po, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou de política internacional. E fez uma defesa, aplaudida, do Estado Palestino – que contrasta com a defesa que Jair Bolsonaro faz de Israel para bajular os Estados Unidos. Falou também dos seus governos.

“Lembro que quando governamos toda vez que alguma coisa dava certo, falavam que era sorte… Pô, se sorte é o que o Brasil precisa, então vamos colocar uma pessoa que tenha sorte pra governar esse país… (risos) Mas não, não se trata de sorte. Requer decisão política”, falou o petista.

Lula também se encontrou com o presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio de Elysée. Antes de sua volta ao Brasil, ele também teve uma reunião com o premiê da Espanha, Pedro Sánchez. O petista falou sobre democracia, economia verde e a forma que o Brasil pode se relacionar com as nações da Europa.