Weintraub diz que contou tudo para a PF e que quer CPI do MEC

Atualizado em 13 de abril de 2022 às 19:14
Weintraub diz que contou tudo para a PF
Ex-ministro da Educação Abraham Weintraub
Foto: Marcos Corrêa/PR

O ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, disse que contou tudo para a Polícia Federal sobre as irregularidades no MEC e que quer a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o gabinete paralelo no Ministério da Educação.

“Chamem TODOS os ministros! Quando eu mandei embora o presidente do FNDE, o Nhonho me ameaçou com uma CPI do MEC. Respondi que eu adoraria ver uma CPI do MEC. Tenho muita coisa para contar (mandei tudo para PF e MP). Enfrento a tigrada safada e ‘Aliança Centrão/Generais'”, afirmou Weintraub em seu perfil no Twitter.

O ex-ministro de Bolsonaro ainda afirmou não ter medo da CPI por não ser corrupto e pediu que tudo fosse investigado. “Investiguem TUDO! Superfaturamento no Enem, financiamento de faculdades privadas, as Federais, autorizações irregulares, venda de diplomas, gráficas (plural), quilo de ouro, utilização de aviões da FAB, TUDO! Vamos ver quem é limpo! Eu não tenho medo da VERDADE!”, declarou.

Weintraub diz que Bolsonaro mandou entregar FNDE para o Centrão

O ex-ministro da Educação disse em entrevista à CNN na terça-feira (12) que o presidente da República mandou ele entregar o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para o Centrão. “Quem vai me dar uma ordem dessas? O meu chefe. Ele falou: você vai ter que entregar o FNDE pro Centrão e eu falei: presidente, não faça isso”, relatou Weintraub.

A determinação teria sido feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em março de 2020, mas só foi concretizada em junho, quando Marcelo Lopes da Ponte foi nomeado presidente do órgão.

Weintraub afirmou que quando recebeu a ordem do presidente, tentou adiar a nomeação. “Eu fiquei adiando o máximo que eu podia, fiquei adiando. Eu subi toda a governança, as regras, do processo decisório do FNDE. Tentei inclusive fazer um conselho, um board, decisório pro FNDE, pro presidente do órgão não se reportar só ao ministro da Educação, se reportar ao ministro da Economia e ao da Casa Civil. Na época era o Braga Netto. Tentei, o Braga Netto não quis”, disse ex-ministro.

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