Publicado no Blog do Moisés Mendes

Se o filho metido a assador de hambúrguer tivesse emplacado como embaixador, Abraham Weintraub teria proteção especial nos Estados Unidos, com ou sem passaporte diplomático. Os filhos de Bolsonaro adoram Weintraub.
Mas, sem proteção, a situação dele é complicada. Já se sabe que o ex-ministro analfabeto da Educação fugiu no sábado para Miami porque teve, como ele mesmo disse, a ajuda de muita gente.
Agora, o Diário Oficial retifica o dia da exoneração do sujeito, para que oficialmente seja a sexta-feira, dia 19, e não o dia 20.
Foi com passaporte diplomático, ainda como ministro, que ele desembarcou no dia 20 nos Estados Unidos, sem a necessidade (como
autoridade) de ficar em quarentena.
Weintraub fugiu como ministro, quando de fato não era mais ministro. E agora fica formalizado que ele escapou já como um cidadão comum.
Estão dando muita atenção ao fato de que, com a exoneração na sexta, seus últimos atos não têm validade. E que o governo passou a perna em Weintraub em relação aos seus canetaços que terminaram com as cotas na pós-graduação e nomearam membros do Conselho Nacional de Educação.
É só isso? Será que Bolsonaro não está jogando Weintraub na sarjeta, como fez com outros que completaram o serviço e foram descartados?
Perguntas: quem ajudou Weintraub a fugir usando o passaporte especial?
Quem decidiu, por uma jogada jurídica que pode ser também política, anular a exoneração do sábado e assim admitir uma fraude, como foi definida a retificação pelo subprocurador-geral do Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Furtado?
É preciso matar a charada, ou talvez não exista charada nenhuma. O cara foi rifado. Se não conseguir a vaga no Banco Mundial, o que é bastante provável, já pode se considerar mais um arquivo do que um aliado ativo das família. E a partir daí tudo pode acontecer.