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WhatsApp reduz compartilhamento de mensagens contra disseminação de fake news sobre a pandemia

Mensagens falsas, como esta acima, espalhadas pelo aplicativo terão sua propagação reduzida, acredita a empresa

O WhatsApp, aplicativo de conversas privadas ou em grupo por meio do telefone celular, irá anunciar nas próximas horas que está alterando suas propriedades de envio de mensagens para reduzir a proliferação de notícias falsas em relação à pandemia do Covid-19. A partir desta terça-feira (7), mensagens que são marcadas como “altamente encaminhadas” só poderão ser encaminhadas a uma pessoa ou grupo por vez, e não mais para cinco endereços diferentes simultaneamente, como era até agora.

A empresa afirma que detectou, nos últimos dias ou semanas, “um aumento significativo na quantidade de mensagens que se encaminham através do aplicativo, o que pode contribuir ocasionalmente para a difusão de informação falsa.”

Desde julho do ano passado, o WhatsApp passou a etiquetar as mensagens que haviam sido encaminhadas mais de cinco vezes com um ícone de seta dupla no canto superior esquerdo da mensagem, passando as chamas de “altamente encaminhadas”. Assim, as pessoas poderiam ver quando uma mensagem não tinha sido criada por um contato pessoal próximo. A partir de hoje, uma vez que a mensagem tenha sido marcada como “altamente encaminhada” com o ícone de seta dupla, somente será possível encaminhá-la a uma conversa de WhatsApp por vez.

Este é um passo adicional tomado pela empresa com o objetivo de manter as conversas no WhatsApp pessoais e para reduzir a propagação de informações incorretas.

Em 2018, o aplicativo passou a etiquetar as mensagens encaminhadas com o ícone de uma seta. Este indicador se adiciona a qualquer mensagem na primeira vez em que é encaminhada.

No início do ano passado, foram implementados “limites de encaminhamento”, ao reduzir a quantidade máxima de destinatários a quem um usuário poderia encaminhar uma mensagem, de 20 para cinco. A empresa afirma que esta modificação resultou em uma diminuição de 25% nas mensagens que se encaminham no WhatsApp, o que se traduziu em milhões de mensagens a menos que se encaminham todos os dias.

No Brasil, a CPMI das Fake News, instaurada no ano passado, detectou a existência de milhares de grupos de WhatsApp controlados por políticos e seus assessores – a maioria ligada ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) – que sistematicamente proliferam notícias falsas por meio do aplicativo de celular.

O DCM e outros órgãos de imprensa também publicaram reportagens respeito, mostrando ser prática comum de pessoas ligadas ao núcleo duro do governo federal a proliferação de fake news por meio do WhatsApp.

A empresa informa ainda estar “trabalhando arduamente para ajudar as pessoas a ter acesso à informação sobre a Covid-19 de fontes oficiais e confiáveis. Dessa forma, há várias semanas, estamos trabalhando diretamente com organizações da sociedade civil e governos, incluída a Organização Mundial de Saúde (OMS) e dezenas de ministérios nacionais da saúde, para ajudá-las a conectar com as pessoas levando informação precisa. Graças a estes esforços, milhões de pessoas tiveram acesso à informação verídica e confiável sobre a doença.”

Vinicius Segalla

Vinicius é jornalista

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