Yanomamis: Malária faz casa de atendimento virar hospital improvisado em RR

Atualizado em 25 de janeiro de 2023 às 9:20
Médica pediatra Bruna Farias, da Força Nacional do SUS, atende criança yanomami da região do Surucucu com suspeita de malária, na Casai (Casa de Saúde Indígena) em Boa Vista (RR) – Foto: Vinicius Sassine/Folhapress

Profissionais da Força Nacional do SUS presenciaram casos graves de saúde de pacientes yanomamis que estão na Casai (Casa de Saúde Indígena) em Boa Vista, Roraima. Diante disso, o espaço de acolhimento acabou se tornando um “hospital improvisado e superlotado”.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, os atendimentos médicos realizados no local são feitos principalmente pelos integrantes da Força Nacional do SUS, que chegaram no município de Boa Vista no fim da tarde desta última segunda-feira (23).

Vale destacar que, segundo profissionais que atuam na coordenação das ações de emergência, a Casai tem 700 indígenas. No entanto, a capacidade básica é para 200. Pneumonia, diarreia e insuficiência respiratória em crianças, potencializados por desnutrição, são os casos mais comuns vistos por lá.

Além disso, a integrante da Força Nacional, médica pediatra Bruna Farias, atendeu cinco casos urgentes e duas suspeitas de malária ao longo do dia. Ela também destacou que passou a ser comum a identificação de acompanhantes de pacientes que também estão desnutridos e doentes.

Farias ainda apontou que dificilmente haverá um retorno à terra indígena no tempo hábil desejado pelos indígenas, uma vez que o “quadro de gravidade dos pacientes está atrasando o retorno deles às suas comunidades”. “Esse processo precisará ser muito cauteloso, pelas distâncias e pelo quadro de saúde dos pacientes”, afirmou a pediatra.

“São doenças evitáveis, crianças morrem com pneumonia, desidratadas. Esse momento é de reflexão”, completou.

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