Zelensky diz para enviado do Papa Francisco que cessar-fogo não trará ‘paz’ para Ucrânia

Atualizado em 7 de junho de 2023 às 17:29
Zelensky reiterou que só aceitaria trégua se Rússia retirasse suas tropas de todos os territórios ocupados. Foto: Twitter de Zelesnky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta terça-feira (06/06) ao cardeal italiano Matteo Zuppi, enviado especial do papa Francisco a Kiev, que uma eventual trégua com a Rússia não levaria à paz.

O mandatário e o religioso se reuniram em Kiev, no âmbito de uma missão do Vaticano para tentar encontrar caminhos de diálogo para interromper a guerra.

“O chefe de Estado destacou que um cessar-fogo e o congelamento do conflito não levariam ao estabelecimento da paz”, diz um comunicado da Presidência da Ucrânia.

Zelensky já reiterou em diversas ocasiões que só aceitaria uma trégua se a Rússia retirasse suas tropas de todos os territórios ocupados.

Durante o encontro com Zuppi, o presidente também pediu que a Santa Sé “contribua para a implantação do plano de paz ucraniano”. “A Ucrânia acolhe positivamente a disponibilidade de outros Estados e parceiros para encontrar caminhos para a paz, mas, uma vez que a guerra é em nosso território, a solução para alcançar a paz só pode ser ucraniana”, reforçou Zelensky.

O mandatário também disse que somente “esforços conjuntos, isolamento diplomático e pressões sobre a Rússia podem levar a uma paz justa em terra ucraniana”.

Recentemente, em visita ao Vaticano, Zelensky salientou que não precisava de “mediadores” para o conflito entre Kiev e Moscou.

Por sua vez, o Vaticano considera que as conversas com Zelensky “serão úteis para a avaliação das próximas etapas do plano de paz no país”.

“Os resultados dessas conversas, como as com representantes religiosos, assim como experiência direta do sofrimento atroz do povo ucraniano devido à guerra em curso, será levado ao conhecimento do Santo Padre e certamente será útil para avaliar os passos a seguir, tanto no plano humanitário quanto na busca de caminhos por uma paz justa e duradoura”, diz a nota da Santa Sé.

Publicado em Brasil de Fato

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