Na Fox, o coronel aposentado do Exército dos EUA Douglas McGregor disse que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky é um “fantoche” que expõe seu povo a “riscos desnecessários” no confronto com a Rússia.
De acordo com McGregor, Zelensky espera ser resgatado pelos americanos, coisa que não acontecerá.
“O que se vê é que os russos agora expulsaram o que resta das forças ucranianas, que estão se movendo para centros povoados, cidades, porque não têm mobilidade, defesa aérea, cobertura aérea, infraestrutura logística”, disse na sexta-feira, dia 4.
“Eles agora estão se misturando com a população, assim como vimos no Oriente Médio quando expulsamos os islâmicos”. Putin, de acordo com o militar, causou menos danos à Ucrânia do que “causamos ao Iraque quando entramos em 1991 e novamente em 2003. Acho que eles estão apenas cercando as forças ucranianas”.
Ainda sobre Zelensky: ”Não vejo nada de heróico nesse homem. E acho que a coisa mais heróica que ele pode fazer agora é aceitar a realidade. Neutralizar a Ucrânia. Isso não é uma coisa ruim. Uma Ucrânia neutra seria boa para nós e para a Rússia. Isso criaria um buffer que, francamente, ambos os lados desejam.”
“Mas ele foi instruído a suportar e tentar adiar isso, o que é trágico para as pessoas que passam por isso”, acrescentou.
Douglas McGregor é figurinha carimbada do canal de extrema direita. Ele já defendeu a instituição de lei marcial na fronteira com o México, acrescentando que os militares deveriam “atirar nas pessoas” se necessário. Argumentou que os democratas estavam tentando “transformar os Estados Unidos” substituindo os brancos por imigrantes.
Sua visão se alinha com a teoria da Grande Substituição, que prevalece nos círculos nacionalistas brancos e está particularmente associada ao antissemitismo, lembra a Rolling Stone.
Trump o nomeou no verão de 2020 para ser o embaixador dos EUA na Alemanha, com a Casa Branca descrevendo-o como um “veterano de combate condecorado, autor e consultor”, bem como um “comentarista frequente de rádio e televisão sobre assuntos de segurança nacional”.
A indicação não deu certo depois que veio à tona o histórico de racismo de MacGregor. Trump acabou nomeando-o conselheiro sênior do Pentágono logo após a eleição de 2020.
