
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), estará presente no ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo, segundo os organizadores do evento. O mineiro se junta a outros três governadores já confirmados para participar ao lado do ex-presidente: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho de Mello (PL-SC) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO).
Segundo o Lauro Jardim, do jornal O Globo, apesar da presença, Zema não deve proferir discurso, seguindo a mesma linha de Tarcísio de Freitas, que preferiu apenas manifestar solidariedade a Bolsonaro sem fazer pronunciamentos públicos.
A abertura do evento será conduzida por Michelle Bolsonaro, enquanto o pastor Silas Malafaia, financiador do ato, enfatizou a necessidade de um tom cauteloso nos discursos, evitando qualquer insinuação golpista, especialmente em meio às investigações envolvendo o ex-presidente.

“É importante evitar qualquer mensagem que possa ser interpretada como golpista”, destacou Malafaia, ressaltando que apenas ele fará menção ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, sem qualquer intenção de agressão.
Parlamentares como Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO) e o senador Magno Malta (PL-ES) também estão escalados para discursar, representando o bolsonarismo e bandeiras religiosas. No entanto, Malafaia frisou que não é possível controlar individualmente as ações de todos os participantes, mas que comportamentos hostis não estão alinhados com as diretrizes do evento.
O acesso aos trios será restrito, reservado para governadores, senadores e deputados federais selecionados, enquanto os demais parlamentares ocuparão outro veículo. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), cogita participar, mas recebe conselhos para evitar possíveis repercussões políticas para as eleições municipais.
Com 108 deputados federais já confirmados, principalmente do PL, partido de Bolsonaro, o evento demonstra um significativo apoio político. A organização do ato, liderada por Malafaia, busca reforçar a defesa do Estado Democrático de Direito e refutar suspeitas relacionadas aos inquéritos envolvendo Bolsonaro.
O ato foi organizado após uma conversa entre Bolsonaro e Malafaia durante o Carnaval, com o pastor assumindo os custos dos trios elétricos para evitar críticas relacionadas ao uso de recursos religiosos.