
Ronaldo Caiado é o único dos pré-candidatos da extrema direita a presidente que fuma Bolsonaro e traga. Os outros, incluindo Tarcísio de Freitas, que deveria ser o maior tragador, só puxam e largam a fumaça.
Hoje, nesse momento, ninguém quer ter Bolsonaro nos pulmões e na circulação. Dizem que são viciados em Bolsonaro, mas estão cada vez mais cuidadosos com essa dependência.
Zema disse no Roda Viva que nunca foi muito próximo de Bolsonaro. Que mesmo assim defenderia a anistia para os golpistas, se fosse eleito presidente.
E que não ficou chateado ao ver que Carluxo chamou todos os pré-candidatos de ratos, que deflagraram a campanha à presidência, num momento em que Bolsonaro está com um pé na cadeia.
Disse que até se solidarizava com o drama dos Bolsonaros, que é cristão e defensor da família e que não houve tentativa de golpe no 8 de janeiro, “porque ninguém deu um tiro”. Mas que não tem muitos vínculos com Bolsonaro.
O que fica de quase tudo o que falou no Roda Viva foi a sensação de que Zema, de quem não se aproveita nada, está forçando o papel de jeca.
Disse que não é uma pessoa ‘beliscosa’ (assim mesmo, beliscosa), depois falou em atos antisdemocráticos (assim mesmo, antis) e enfrentou dificuldade de raciocínio sempre que a pauta era mais complexa.
Disse que não vai à COP30, no Pará, porque se nega a pagar diária de R$ 25 mil (e nenhum jornalista o questionou por essa bobagem). Que Bolsonaro é o maior líder da direita e que o julgamento dos golpistas no Supremo “é tendencioso”.
Romeu Zema não consegue disfarçar que é o mais medíocre político brasileiro em posto importante. É medíocre e simplório e mesmo assim consegue ser arrogante.
Ouvi-lo, naquela toada, é tão cansativo (confesso que desisti na metade) que fica a certeza de que os mineiros elegeram um cacareco, um sujeito que funciona bem no papel de rico esdrúxulo antissistema.
Zema é o cara que certamente cantaria o hino para um pneu e só não chegou a tanto porque estava governando Minas.