Zema, o energúmeno, inaugurou o supremacismo mineiro. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 3 de junho de 2023 às 12:57
Romeu Zema

O governador de Minas GeraisRomeu Zema (Novo), está inaugurando o supremacismo mineiro.

Num discurso no Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste), que reúne em Belo Horizonte os estados das duas regiões, Zema falou uma estupidez memorável.

“Se tem estados que podem contribuir para este país dar certo, acredito que são estes sete estados aqui. São estados onde, diferente da grande maioria, há uma proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial”, afirmou.

É uma crítica indireta ao Nordeste, que tem preferência histórica por Lula e, por isso, é alvo de todo tipo de ataque preconceituoso de canalhas de extrema-direita, dos mais histriônicos aos mais envernizados, como ele.

Zema, um ignorante que protagonizou uma cena patética sobre Adélia Prado, vem tentando se viabilizar como pré-candidato à Presidência da República em 2026. Hoje, alegou que foi “mal interpretado” — um clássico. “O auxílio é importante em momento de pandemia, recessão”, disse.

O professor Ricardo Costa Oliveira, sociólogo e pesquisador de genealogias, chamou o governador de “energúmeno”.

“O Brasil é feito por pessoas e recursos de todas regiões em todas regiões. Por exemplo, o número de nordestinos, filhos e netos em São Paulo a torna uma das maiores cidades nordestinas do Brasil. O número de sulistas no Centro-Oeste e Norte é grande”, escreveu no Twitter.

“Quando pesquisamos as genealogias brasileiras sempre encontramos movimentos em todas regiões, tanto nas famílias de elite como nas camadas populares. Pessoas sempre viajaram para estudar e trabalhar pelo Brasil inteiro. Genealogias brasileiras mostram a nossa dimensão continental”.