A reunião do PSDB para decidir se fica no governo é uma agonia pública por sobrevivência. Por Leandro Fortes

Atualizado em 12 de junho de 2017 às 9:16
“Você sentando, mozão, me dá onda”

 

Essa reunião da Executiva do PSDB, marcada para hoje, não tem nada a ver com Brasil, ética ou interesse público.

Trata-se, apenas, de uma agonia pública por sobrevivência levada a cabo pelo que há de mais vergonhoso e infame na atual política brasileira.

Os tucanos que querem ficar no governo federal temem (sem trocadilho) perder o espaço que ocuparam com o golpe de 2016, depois de mais de uma década de jejum imposto pelas urnas.

Agarram-se como sanguessugas também por motivos ainda menos nobres, tendo o governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, como timoneiro desse descaramento político ao ar livre: preferem manter Michel Temer respirando por aparelhos, um pato manco no Palácio do Planalto sujeito a todo tipo de chantagem e obrigações espúrias, culpado por todas as desgraças dessas reformas cretinas impostas pelo mercado.

Um Temer presente, mas totalmente inviável para uma reeleição.

Os tucanos que querem sair do governo exigem menos reflexão: são só uns cagões, mesmo.