1.127 trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados no governo Lula

Atualizado em 9 de abril de 2023 às 13:04
Mãos de uma pessoa em situação análoga à de escravo. Foto: Reprodução

No retorno das fiscalizações e combate aos retrocessos, 1.127 trabalhadores em situação análoga à de escravo foram resgatados no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação é do jornalista Leonardo Sakamoto, do UOL.

Desde 2008, não havia tantos casos nos três primeiros meses de um ano. À época, foram resgatados 1.456 trabalhadores no primeiro trimestre, segundo dados do Ministério do Trabalho de Emprego.

Uma das razões para esse número é a realização de operações em atividades intensivas em mão de obra, ou seja, que empregam muita gente.

Uma operação conjunta entre a Inspeção do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) resultou no resgate de 212 trabalhadores escravizados na lavoura de cana-de-açúcar em Goiás. Em Acreúna, também no estado goiano, foram resgatados 139.

Uma outra operação flagrou 207 trabalhadores na produção de vinho em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Na cidade de Araporã, em Minas Gerais, 110 operações atuando em uma linha de transmissão foram resgatados. Juntas, apenas quatro ações representaram 668 resgatados, ou 59% do total.

Nos primeiros 100 dias de governo Lula, também ocorreram libertações na Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Diferente do que vem sendo propagado nas redes sociais, o aumento no número de vítimas flagradas pela fiscalização não significa necessariamente que o trabalho escravo está crescendo no Brasil. No entanto, não há estimativa confiável que aponte quantas pessoas são exploradas a cada ano, sendo assim, não é possível afirmar se a escravidão aumentou ou reduziu.

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