Publicado originalmente no Twitter do autor:
Por Zé de Abreu
Comecei como office-boy aos 14 anos, em 1961, na Cia. Prada (chapéus Prada, metalúrgica, eletricidade).
Depois fui office-forum do Frigorífico Armour. De 18 a 22 trabalhei na Polícia até começar minha carreira de ator.
Nunca mais parei.
Quando morei na Europa autoexilado fui lavador de pratos, motorista e servente de pedreiro.
Quando voltei, dei aulas em Pelotas, na UFPel e ETFPel.
Sempre atuando, produzindo, dirigindo… em 1980 fui pra Globo.
Até a COVID, que fechou o PROJAC pela 1ª vez.
Por mais que digam que artista é vagabundo, está difícil a vagabundagem, ainda que no exterior e num país tão bacana, e, principalmente, sem COVID nem Bolsonaro.
Mas o impulso da criação me faz muita falta. Preciso representar quase como preciso de oxigênio.
A COVID não mata apenas fisicamente. Temos que lutar também contra outro tipo de morte: a morte da Esperança.
Esta não pode morrer.
“Ano passado morri, mas este ano não morro”.
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