45% dos brasileiros são contra privatizações, diz Datafolha

Atualizado em 9 de abril de 2023 às 8:13
Fachada do prédio da Petrobras em Brasília. Foto: Sérgio Lima

Uma pesquisa Datafolha, divulgada pela Folha de S.Paulo no sábado (8), indica que 45% dos brasileiros são contra as privatizações de estatais, enquanto 38% apoiam. A taxa de aprovação é a maior já verificada pelo instituo desde 2017, quando apenas 20% eram favoráveis ao tema. No geral, homens apoiam mais (46%) do que as mulheres (30%).

Os pesquisadores avaliam que o aumento do apoio às privatizações pode ter relação com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.  O petista, assim como o seu partido, são contrários a iniciativas de privatização. Em um cenário de divisão do eleitorado, apoiadores do ex-presidente de Jair Bolsonaro (PL) ou de partidos à direita podem ter reforçado suas convicções ao responder à pesquisa.

Segundo o levantamento, 70% dos apoiadores do PL são favoráveis às privatizações. Entre os simpatizantes do PT, são 28%. Na disposição por escolaridade, 32% dos mais escolarizados veem as privatizações como algo positivo, contra 45% dos que chegaram até o curso superior.

Entre os mais jovens, 63% dos que têm entre 16 e 34 anos consideram produtos e serviços privados superiores aos de estatais. Já entre pessoas acima dos 60, o percentual cai para 42%.

No levantamento, o Datafolha também questionou sobre o apoio à transferência para o setor privado de empresas e serviços estatais.

A adesão dos brasileiros à privatização é menor quando se trata da Petrobras (37% a favor, 53% contra) e de bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica federal (36% a favor, 55% contra). No caso dos Correios há um virtual empate entre os favoráveis à privatização (45%) e os contrários (46%).

No caso das rodovias, 48% dos entrevistados são a favor das privatizações; 44%, contra. Já no setor de aeroportos, 47% apoiam a privatização, enquanto 42% são contra.

A pesquisa Datafolha foi realizada entre os dias 29 e 30 de março de 2023, em 126 municípios brasileiros, com pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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