Soldados brasileiros facilitam ataques de russos com postagens nas redes sociais

Atualizado em 15 de março de 2022 às 22:56
Brasileiros na guerra da Ucrânia: Leanderson Paulino, André Hack e André Kirvaitis

Soldados brasileiros na Ucrânia estão sendo apontados como responsáveis por ajudar russos a localizar bases inimigas e atacá-las. A estupidez de mostrar fotos e vídeos nas redes sociais estaria servindo para localizar tropas da Legião Internacional de Defesa Territorial.

De acordo com o coronel Fernando Montenegro, a cyber inteligência da Rússia faz uma rastreagem dessas pessoas. “Foi a vaidade dos caçadores de likes”, falou à CNN de Portugal.

“É incrível como são descuidados e estúpidos os ‘voluntários’ brasileiros na legião estrangeira. Outro mercenário, capturado anteriormente perto de Lviv, também mantém discretamente um perfil aberto no Instagram, encantando regularmente os assinantes com novas histórias”, diz um internauta identificado como Spriter no Twitter.

Spriter publicou fotos de Leanderson Paulino em situações diversas.

“A princípio, pensamos que os ‘voluntários’ latino-americanos iriam semear caos e sofrimento entre os civis com sua dureza. Mas a cada dia fica claro que, por trás de todas as palavras patéticas para a mídia, esses caras estão escondendo a busca por fama”.

São três patetas nacionais na guerra, que gostam de posar juntinhos. André Hack fez um “clipe” com a inevitável música “Tropa de Elite”. Outro que adora dar pistas de onde está é André Kirvaitis. Todos são bolsonaristas, evangélicos, e dizem estar lá para combater a turma de Putin em “nome da liberdade”. O mercado de mercenários está aquecido e a diária média é de 2500 dólares por dia.

Recentemente, o paranaense Tiago Rossi fugiu para a Polônia com o rabo entre as pernas. “Lá tinha militares das forças especiais do mundo inteiro. As informações que a gente tem é que todo mundo morreu. Eles (russos) acabaram com tudo. Vocês não estão entendendo, acabou, acabou. A Legião foi exterminada de uma vez só. Eu não imaginava o que era uma guerra”, falou num vídeo vergonhoso.

“Eu fui convidado para fazer parte de uma tropa especial, não estou mais como um militar convencional. No meu pelotão, estão os melhores. Militares de várias nacionalidades, que já operaram no Afeganistão, Iraque e Síria. São guerreiros experientes”, afirma Paulino.

Outro internauta criticou o que chamou de “palhaços exibicionistas colocando todos em risco com sua falta de noção”.

O bombardeio na área militar da região de Lviv deixou ao menos 35 mortos e 134 feridos, segundo o governo ucraniano. A Rússia fala em 180 óbitos de “mercenários estrangeiros”, com destruição de armas fornecidas por países do Ocidente.