O senador Flávio Bolsonaro (PL) humilhou o irmão Jair Renan após ele ser alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal contra estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. A declaração foi feita nesta quinta (24), antes da sessão da CPI do 8 de Janeiro.
Ao todo, os policiais cumprem sete mandados de busca e apreensão, e dois de prisão. Há dois mandados em dois endereços ligados ao filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): um apartamento em Santa Catariana e outro no Sudoeste, área nobre de Brasília.
Flávio afirmou que não faz sentido investigar Jair Renan por lavagem de dinheiro porque ele “não tem onde cair morto”. “Uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz muito sentido isso, né? Eu espero que este critério seja usado para todos”, afirmou.
O parlamentar ainda disse que os investigadores estão “procurando pelo em ovo”: “Tem investigadores procurando pelo em ovo, mesmo sem ter nada, independente do sobrenome. Tomara que isso vire uma praxe agora. Ao que parece, é mais uma vez uma desenfreada em cima de Bolsonaro e todo seu entorno”, disse.
A polícia também apreendeu o celular, um HD e alguns papeis com anotações eleitorais de Jair Renan. Admar Gonzaga, advogado do “04”, disse que ele está tranquilo. “Temos que olhar o assunto por dentro porque o alvo é outra pessoa que era instrutor de tiro do Renan. Qualquer um pode ser alvo de falsificação”, afirmou.