
A Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeita que os médicos assassinados na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, na madrugada desta quinta-feira (5), tenham sido mortos por engano. Um informante de um grupo rival teria confundido o médico Perseu Riberio Almeida, uma das vítimas, com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa.
Taillon é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. Taillon estava preso desde dezembro de 2020, quando foi detido em uma operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do RJ. Ele deixou a cadeia em setembro deste ano.
Os suspeitos teriam se dirigido ao “quiosque errado” para executar suas vítimas. De acordo com informações da polícia do Rio, há outro quiosque com o mesmo nome na orla da Barra da Tijuca, que costuma ser frequentado pelo grupo do miliciano.
Em um áudio obtido pelo UOL, o informante afirmou aos assassinos que o quiosque ficava no Posto 2, onde há um “Quiosque do Naná”. No entanto, o “Quiosque do Naná 2”, onde o crime ocorreu, está localizado entre o Posto 3 e o Posto 4.

Investigadores acreditam que o grupo matou o ortopedista e os outros médicos por acreditarem que eles faziam a segurança armada do miliciano.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que homens desceram de um carro branco e atiraram contra os médicos. As gravações estão sendo analisadas pela Delegacia de Homicídios da Capital.
As outras vítimas são Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O quarto médico, Daniel Sonnewend Proença, está em estado estável no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra.