
O jornal Metrópoles publicou uma nota que contém um auto-desmentido. A mesma pilantragem praticada no escândalo fabricado da injúria racial que nunca existiu de Mauro Vieira contra uma mulher no Rio.
Segundo o colunista Paulo Cappelli, Aldo Rebelo ganhou o apoio de Geraldo Alckmin e do ministro do Empreendedorismo da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, ambos do PSB, para substituir José Múcio na Defesa na reforma ministerial que Lula pretende, supostamente, realizar.
No rodapé, a informação principal: “a assessoria de imprensa de Geraldo Alckmin entrou em contato e afirmou que qualquer articulação de apoio do vice-presidente a Aldo Rebelo ‘não tem nenhuma procedência’”.
O próprio Aldo plantou a notícia.
“Rebelo possui relação política e de aliança em composições de governos anteriores, como em 2018, quando Rebelo foi secretário-chefe de Estado da Casa Civil do governo paulista”, diz o texto.
“Aldo Rebelo participou nesta terça-feira (12/12), no Rio de Janeiro, de um encontro fechado com oficiais de alta patente dos três ramos das Forças Armadas. O convite partiu do presidente do Clube Naval, o ex-Chefe do Estado-Maior da Armada, o almirante de esquadra João Afonso Prado Maia de Faria”.
E a pérola: “Rebelo é um dos ex-ministros da Defesa [comandou a pasta entre 2015-2016] mais respeitados no meio militar”. Faltou dizer que Aldo é um frequentador da extrema-direita, garoto-propaganda do Brasil Paralelo, vendido para o agronegócio, bajulador de torturadores e imitador de Dugin, de quem chupou um nacionalismo bananeiro
Ex-deputado pelo PCdoB e ex-ministro dos governos de Lula e Dilma Rousseff, conquistou a simpatia de grileiros e fazendeiros de Altamira, no Pará, uma região conhecida pelo desmatamento e conflitos agrários.
Essa cidade, que antes era um reduto bolsonarista, agora acolhe Rebelo. Com seu ridículo chapéu Panamá, ele tem viajado pela Amazônia para promover um “projeto político” que busca dialogar sobre questões climáticas e ambientais, contrapondo-se à agenda do governo Lula.
É conhecido por sua amizade de longa data com o general Eduardo Villas Bôas, um golpista que ameaçou o STF e que adotou o delinquente Jair Bolsonaro. Villas Bôas declarou apoio à candidatura de Rebelo ao Senado, chamando-o de “único estadista brasileiro” que conheceu. Pode rir.
“Marina Silva é ministra terceirizada, a serviço da agenda dos EUA. A área da Amazônia [no governo Lula] chega muito perto da traição nacional. Marina, com sua equipe, e Guajajara são mais próximas do Partido Democrata do que do governo brasileiro. O ministro de Direitos Humanos [Silvio Almeida, intelectual negro e um dos mais respeitados juristas do Brasil] também veio de lá”, disse em entrevista recente.
Sobre o papel dos militares na invasão das sedes dos três poderes em Brasília e do agronegócio no financiamento dos golpistas, foi um fofo: “Espero que o presidente Lula não ouça esses conselheiros, não escolha fazer uma guerra agora contra a agricultura nem contra os militares”.
No vídeo abaixo, publicado em sua conta no X em março, Aldo dialoga com signos da extrema-direita e manda recado para os “patriotas” com memes usados por neonazistas. É um imbecil perigoso:
— Aldo Rebelo (@aldorebelo) March 12, 2023