STF abre inquérito contra Nikolas por chamar Lula de “ladrão”

Atualizado em 9 de fevereiro de 2024 às 15:42
Nikolas Ferreira (PL-MG) durante discurso na ONU. Foto: reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu à solicitação da Polícia Federal e abriu de um inquérito contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), com base em uma fala durante a Cúpula Transatlântica da ONU, realizada em novembro de 2023.

Durante seu discurso no evento, Nikolas referiu-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “um ladrão que deveria estar na prisão”, o que levantou questões sobre um possível crime de injúria contra o chefe de Estado.

O pedido de investigação, protocolado na quarta-feira (7), foi aprovado pelo ministro Luiz Fachin. Segundo o Ministério da Justiça, o deputado teria cometido um “discurso ofensivo à honra” do presidente, configurando possível crime de injúria.

Na ocasião, o bolsonarista participava como “liderança jovem” da Cúpula Transatlântica quando fez a declaração. Em seu discurso, Nikolas citou uma frase de Olavo de Carvalho e atacou a ativista Greta Thunberg e o ator Leonardo DiCaprio.

“‘O mundo será um lugar melhor se não houver tantas pessoas prometendo melhorá-lo’. É uma citação do filósofo Olavo de Carvalho. Isso se encaixa perfeitamente com Greta e Leonardo DiCaprio, por exemplo, que apoiaram nosso presidente socialista chamado Lula, um ladrão que deveria estar na prisão”, disparou.

A fala de Nikolas durante a Cúpula Transatlântica gerou controvérsia e levou o presidente Lula a encaminhar o vídeo do discurso ao Ministério da Justiça, solicitando uma investigação contra o parlamentar. O código penal estipula que, quando o suposto crime de injúria é direcionado ao presidente da República, cabe ao ministério solicitar a apuração.

No decorrer de seu discurso, Nikolas não se limitou às críticas a Lula, mas também atacou o Supremo Tribunal Federal (STF). O bolsonarista afirmou que ministros STF traíram o “povo brasileiro”. “[Precisamos de] novos juízes que vão honrar a magistratura e fazer justiça e não como alguns membros do Supremo Tribunal Federal do Brasil que traíram o povo brasileiro e perseguiram seus oponentes políticos”, disse.

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Augusto de Sousa
Augusto de Sousa, 31 anos. É formado em jornalismo e atua como repórter do DCM desde de 2023. Andreense, apaixonado por futebol, frequentador assíduo de estádios e tem sempre um trocadilho de qualidade duvidosa na ponta da língua.