Fernando Sastre Filho, empresário dono de Porsche que matou motorista de aplicativo em acidente de trânsito, se entregou à polícia e foi preso nesta segunda (6). Ele teve a prisão decretada pela Justiça na sexta (3) e era considerado foragido pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) desde sábado (4), quando passou a ser procurado e não foi encontrado.
Ele se entregou na 5ª Seccional, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve decidir sobre o pedido de habeas corpus feito pela defesa do empresário nesta terça (7). O julgamento ocorreria hoje, mas seus advogados pediram para marcar a análise do pedido para terça.
A prisão de Fernando foi solicitada pelo Ministério Público (MP), que o acusa de homicídio por dolo eventual e lesão corporal gravíssima, já que seu amigo, Marcus Vinícius Machado Rocha, se feriu durante o acidente.
Ele estava a 114,8km/h quando bateu na traseira do Renault Sandeiro do motorista Ornaldo da Silva Viana, segundo laudo da Polícia Técnico-Científica. O limite de velocidade da via é de 50km/h e o empresário estava embriagado na ocasião, segundo testemunhas.
A promotora Monique Ratton, responsável pela denúncia, alegou que Fernando poderia voltar a cometer crimes do tipo caso ficasse solto. Ela diz que o empresário já se envolveu em outros acidentes graves, além de ter um histórico de multas por excesso de velocidade e participação em “racha”.
A denúncia ainda diz que a Polícia Militar deveria ter prendido Fernando no momento em que os agentes foram ao local do acidente. O documento cita que a embriaguez do empresário ficou evidente pelas imagens de câmeras corporais dos militares, que liberaram o motorista e sua mãe na ocasião.