Mirna Raef Nasser (16), brasileira morta no Líbano por bombardeio de Israel nesta quinta (26), nasceu em Balneário Camboriú (SC) e se mudou para o país com a família quando tinha 1 ano e 2 meses. Ela morava com o pai, que também foi vítima fatal do ataque, e dois irmãos.
A adolescente morava no Norte do país e morreu dentro de casa do avô, onde estava abrigada para fugir dos bombardeios. Segundo Ali Bu Khaled, tio de Mirna, ela havia deixado o imóvel com o pai para buscar roupas e outros itens para os irmãos, e foi morta quando voltou ao local.
Ali relata que seu irmão, pai de Mirna, morou no Brasil por nove anos: inicialmente viveu em Brasília e se mudou para Balneário Camboriú antes de voltar ao Líbano. Ele descreve a sobrinha como uma adolescente “muito inteligente na escola”.
Mirna visitaria o Brasil ainda neste ano, após o fim das aulas, de acordo com o tio, mas foi morta antes mesmo de conseguir conhecer a cidade em que nasceu.
Em entrevista à GloboNews, Ali disse que Mirna e o pai morreram na hora e seus corpos ficaram presos nos escombros porque aviões israelenses estavam atacando a região e outras pessoas não conseguiram tirá-los do local. A morte de Mirna e do pai só foi descoberta após conversas com a família de Ali Kamal Abdallah (15), outro adolescente brasileiro morto no Líbano por Israel.
“Aquele menino que morreu era nosso vizinho no Líbano. Ligaram para gente, converso muito com os pais dele. Chamei meu irmão, o pai da Myrna, chamei para falar com ele, mas ele não respondeu. Depois chamei de novo e ele não respondeu. Depois ligou outro irmão meu, falando que atacaram a casa”, conta.
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